AI denuncia ataques a ativistas na América Latina
Anistia Internacional denunciou os "níveis crescentes" de abusos por "forças de segurança, grupos paramilitares e grupos criminosos"
Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2012 às 20h00.
A Anistia Internacional denunciou nesta sexta-feira os "níveis crescentes" de abusos e ataques a ativistas dos direitos humanos por "forças de segurança, grupos paramilitares e grupos criminosos" na América Latina , em um novo relatório, publicado nesta sexta-feira.
O documento, intitulado "Transformar dor em esperança: defensoras e defensores de direitos humanos na América" se baseia em 300 casos de "intimidação, assédio, ataques e assassinatos" de ativistas dos direitos humanos em uma dezena de países desde o começo de 2010.
"Em quase todos os países da América se submete sistematicamente os defensores e defensoras dos direitos humanos a assédio, ataques e acusações penais infundadas com o fim de impedi-los de defender os direitos humanos das pessoas mais marginalizadas", declarou Nancy Tapias Torrado, pesquisadora da organização, estabelecida em Londres.
Quase a metade dos casos analisados para o relatório da Anistia afetam ativistas que trabalham em temas relativos à terra e os recursos naturais, particularmente em países como Brasil, Colômbia e Honduras, com frequência relacionados a projetos de infraestrutura.
"Homens e mulheres que trabalhavam para proteger os direitos humanos também estão na mira, pois poderosos interesses econômicos e políticos os percebem como um obstáculo a projetos de desenvolvimento de grande envergadura", acrescentou a especialista da Anistia.
A organização considera que são igualmente vulneráveis os defensores de gays, lésbicas e transexuais ou dos migrantes, os que denunciam violações dos direitos humanos ou fazem campanha por obter Justiça e em alguns casos também jornalistas, blogueiros e sindicalistas.
De todos os casos estudados, segundo a Anistia, "só em quatro os autores foram considerados culpados".
A organização pede em consequência aos governos da região para proteger estes ativistas e investigar os abusos.
"Quando as autoridades não protegem quem trabalha para defender os direitos humanos de todas as pessoas e não investigam os ataques praticados contra eles, transmitem a mensagem de que se toleram os ataques", afirmou Tapias Torrado.
"Os governos devem garantir que as defensoras e os defensores de direitos humanos desfrutam de proteção integral, que inclui, no mínimo, reconhecer a importância e a legitimidade de seu trabalho, investigar plenamente os abusos que enfrentam e proporcionar medidas efetivas de proteção", concluiu.
A Anistia Internacional denunciou nesta sexta-feira os "níveis crescentes" de abusos e ataques a ativistas dos direitos humanos por "forças de segurança, grupos paramilitares e grupos criminosos" na América Latina , em um novo relatório, publicado nesta sexta-feira.
O documento, intitulado "Transformar dor em esperança: defensoras e defensores de direitos humanos na América" se baseia em 300 casos de "intimidação, assédio, ataques e assassinatos" de ativistas dos direitos humanos em uma dezena de países desde o começo de 2010.
"Em quase todos os países da América se submete sistematicamente os defensores e defensoras dos direitos humanos a assédio, ataques e acusações penais infundadas com o fim de impedi-los de defender os direitos humanos das pessoas mais marginalizadas", declarou Nancy Tapias Torrado, pesquisadora da organização, estabelecida em Londres.
Quase a metade dos casos analisados para o relatório da Anistia afetam ativistas que trabalham em temas relativos à terra e os recursos naturais, particularmente em países como Brasil, Colômbia e Honduras, com frequência relacionados a projetos de infraestrutura.
"Homens e mulheres que trabalhavam para proteger os direitos humanos também estão na mira, pois poderosos interesses econômicos e políticos os percebem como um obstáculo a projetos de desenvolvimento de grande envergadura", acrescentou a especialista da Anistia.
A organização considera que são igualmente vulneráveis os defensores de gays, lésbicas e transexuais ou dos migrantes, os que denunciam violações dos direitos humanos ou fazem campanha por obter Justiça e em alguns casos também jornalistas, blogueiros e sindicalistas.
De todos os casos estudados, segundo a Anistia, "só em quatro os autores foram considerados culpados".
A organização pede em consequência aos governos da região para proteger estes ativistas e investigar os abusos.
"Quando as autoridades não protegem quem trabalha para defender os direitos humanos de todas as pessoas e não investigam os ataques praticados contra eles, transmitem a mensagem de que se toleram os ataques", afirmou Tapias Torrado.
"Os governos devem garantir que as defensoras e os defensores de direitos humanos desfrutam de proteção integral, que inclui, no mínimo, reconhecer a importância e a legitimidade de seu trabalho, investigar plenamente os abusos que enfrentam e proporcionar medidas efetivas de proteção", concluiu.