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Ahmadinejad protesta e insiste que visitará prisão de Evin

Ahmadinejad argumentou que, de acordo com a constituição, não é necessário o chefe do governo receber permissão nem o Poder Judiciário opinar sobre a visita à prisão


	O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad: Ahmadinejad advertiu que, apesar das restrições da Justiça, continua decidido a visitar prisões
 (Don Emmert/AFP)

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad: Ahmadinejad advertiu que, apesar das restrições da Justiça, continua decidido a visitar prisões (Don Emmert/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2012 às 17h19.

Teerã - O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, enviou nesta segunda-feira uma carta de protesto contra a decisão do chefe do Poder Judiciário do país, aiatolá Sadeq Lariyaní, de impedí-lo de visitar de forma oficial a polêmica prisão de Evin, situada no norte do Irã.

Ahmadinejad argumentou que, de acordo com a constituição, não é necessário o chefe do governo receber permissão nem o Poder Judiciário opinar sobre a visita à prisão, na qual está a maioria dos presos políticos.

Muitos deles estão presos sem julgamento prévios, desde que em 2009 os protestos contra a reeleição do líder, considerada pela oposição de fraudulenta, foram brutalmente reprimidos.

Para reforçar seu argumento, Ahmadinejad citou uma fala máxima atribuída ao próprio fundador da República Islâmica, o aiatolá Ruhollah Khomeini.

Certa vez, o primeiro líder supremo do Irã afirmou que "a prisão deve ser a universidade e, especialmente, sua porta deve estar aberta a diferentes setores, incluindo advogados, psicólogos, sociólogos, estudantes e pesquisadores de ciências humanas e assistentes sociais"

Quanto a isso, Ahmadinejad advertiu que, apesar das restrições da Justiça, continua decidido a visitar prisões e alguns condenados e revisar a aplicação dos princípios das leis constitucionais e os direitos humanos do povo para apresentar o relatório perante a nação iraniana e o líder supremo.

O líder, que vive seus últimos seis meses de mandato, pediu publicamente ao Poder Judiciário em 20 de outubro, em carta divulgada pela agência de notícias estudantil "Isna", que fizesse os preparativos pertinentes para sua visita à polêmica prisão.

Um dia depois, o porta-voz da instituição, Gholam Hussein Mohseni Ejei, manifestou que essa visita é considerada desnecessária neste momento.

"Na situação especial em que estamos agora, e considerando os temas prioritários do país, especialmente o tema econômico e o sustento do povo, todas as autoridades devem se concentrar em acabar com as preocupações do povo sobre o aumento dos preços, o mercado e o controle de divisas", afirmou. 

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