Ahmadinejad, presidente do Irã, acusa EUA de estrangularem "movimento dos povos" (Daniella Zalcman/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 16 de março de 2011 às 11h09.
Teerã - O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou nesta quarta-feira que a intervenção de forças dos países do Golfo para acabar com a rebelião popular no Bahrein é "um ato odioso destinado ao fracasso".
"Esta intervenção militar é um ato odioso destinado ao fracasso, e os povos da região a colocam na conta dos Estados Unidos", disse Ahmadinejad ao fim de um conselho de ministros.
"Os Estados Unidos tentam salvar o regime sionista e estrangular o movimento dos povos, e é por esta razão que apóia a certos governos", acrescentou o presidente iraniano.
"Lamentavelmente, hoje no Bahrein há uma mobilização contra a população, o que é um ato odioso, injustificável e incompreensível. Como querem governar aqueles que utilizam as armas contra seu povo?", completou Ahmadinejad.
As forças bareinitas dispersaram violentamente nesta quarta-feira os manifestantes que acampavam há um mês na Praça da Pérola de Manama para exigir reformas, matando três pessoas, segundo a oposição xiita.
A ofensiva contra os manifestantes aconteceu depois que o rei Hamad Ben Issa al-Khalifa decretou estado de emergência e recebeu o apoio das forças das monarquias vizinhas do Golfo para enfrentar a revolta popular.