O presidente iraniano Mahmoud Mahmoud Ahmadinejad: ''Sua presença na próxima cúpula como atual presidente do MPNA ajudará a desenvolver as conversas", disse à Mursi (©AFP / Atta Kenare)
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2012 às 19h57.
Teerã - O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, convidou nesta quinta-feira o novo chefe de Estado egípcio, o islamita Mohammed Mursi, à cúpula do Movimento dos Países Não-Alinhados (MPNA) prevista para o final de agosto em Teerã, informou a agência oficial de notícias iraniana ''Irna''.
Em uma conversa por telefone, Ahmadinejad disse a Mursi que Teerã não impõe limites à ampliação de suas relações com Cairo, rompidas desde 1979 devido à assinatura do acordo de paz de Camp David entre Egito e Israel.
O Egito é justamente o atual presidente rotativo do MPNA, formado por 118 países-membros de pleno direito e 20 Estados e organizações, e sediou a 15ª cúpula da organização em 2009. Na próxima, o Irã assumirá a Presidência para um período de três anos.
''Sua presença na próxima cúpula como atual presidente do MPNA ajudará a desenvolver as conversas e à adoção de decisões nesta grande organização internacional'', afirmou Ahmadinejad a Mursi em sua conversa.
Além de reiterar sua felicitação ao islamita pela recente posse na Presidência egípcia, Ahmadinejad assinalou que o Irã está disposto a colaborar com o novo governo egípcio em questões ''regionais e internacionais'', além de transferir suas conquistas em todos os setores ao Egito ''para o progresso e desenvolvimento de sua população''.
Na opinião de Ahmadinejad, o MPNA tem a influência e capacidade para ''ajudar a restaurar a paz e a segurança no mundo todo'' e, uma cooperação construtiva entre Irã e Egito ''é inegável que daria muitos resultados positivos''.
Segundo a agência ''Irna'', Mursi assinalou a Ahmadinejad que espera visitar Teerã na cúpula do MPNA e exaltou que o movimento defende os interesses dos países muçulmanos, além de outras nações em desenvolvimento.
O Movimento dos Países Não-Alinhados, fundado em 1955, reúne quase dois terços dos Estados-membros das Nações Unidas, que acumulam pouco mais da metade da população mundial.