Mundo

Água na Jarra já evitou o descarte de 100 mil garrafas PET

Motivo principal da ação é atrair consumidores, restaurantes e empresas a pensarem no impacto causado pelas embalagens descartáveis

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2011 às 12h12.

São Paulo - Há 18 meses as consultoras em sustentabilidade e finanças Maria Fernanda Franco e Letycia Janot decidiram criar a iniciativa Água na Jarra, com a proposta de incentivar as pessoas a usarem a água filtrada, ao invés da água engarrafada.

O motivo principal da ação é atrair consumidores, restaurantes e empresas a pensarem no impacto causado pelas embalagens descartáveis, que poderiam ser evitados pela simples substituição pelo uso da água tratada. “Existem algumas ações que são simples e podem ser feitas pelas pessoas em seu dia a dia, sem exigir grandes sacrifícios e promovem efetivamente uma melhoria ambiental”, explica Letycia.

Desde que foi fundada, a Água na Jarra conseguiu a adesão de 13 restaurantes e já evitou que mais de cem mil garrafas PET fossem descartadas. O feito é bastante representativo, pois no Brasil ainda existe a cultura do uso da água engarrafada, ao contrário do que ocorre em outros países. “Se você vai à Europa ou aos Estados Unidos, você é servido de ‘Água da Torneira’. Nos restaurantes e em suas casas as pessoas costumam usar a água filtrada”, declara a consultora.

Letycia ainda explica que a água que é tratada pelas concessionárias nacionais passa por análises e normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), portanto são de boa qualidade e próprias para o consumo. Mesmo assim, a iniciativa solicita sempre o uso dos filtros, para evitar qualquer tipo de contaminação que possa ocorrer até que a água chega às torneiras.


Mesmo que exista a responsabilidade e obrigação das concessionárias em oferecer água de qualidade, os consumidores precisam estar atentos ao cuidado com a limpeza em suas próprias residências. A higienização das caixas d’água deve ser feita a cada seis meses, para evitar o contato com qualquer contaminante.

Assim, a iniciativa incentiva as pessoas a também pensarem na água que consomem e no valor que ela tem. A partir daí, a relação com as embalagens, que geram diversos tipos de poluição, desde o momento em que são fabricadas, até serem descartadas, também é transformada e a pessoa se torna mais consciente, pelo menos este é o intuito que motiva o trabalho da Água na Jarra.

Apesar de ter sido idealizada em São Paulo a proposta de troca das embalagens descartáveis pelo uso de recipientes reutilizáveis para armazenar água pode ser facilmente replicada em qualquer local do mundo, independente do alcance específico da Água na Jarra. A quantidade de resíduos que deixam de ser gerados deve ser o motivador principal para esta mudança. Letycia lembra que cada garrafa PET gera oito vezes o seu peso em resíduos, a preocupação também se estende aos copos plásticos, que podem ser substituídos por canecas.

Além de beneficiar o meio ambiente, a proposta tem resultados expressivos na economia. Pois, além de pagar mais barato pela água, são evitados os gastos constantes com a compra dos descartáveis.

Acompanhe tudo sobre:ÁguaRestaurantesSustentabilidade

Mais de Mundo

Grécia adota semana de 6 dias de trabalho por falta de mão de obra qualificada

Deputado democrata defende que Biden abandone campanha

Trump consegue adiar sentença por condenação envolvendo suborno a ex-atriz pornô

OMS lança 1ª diretriz para quem pretende parar de fumar; veja as recomendações

Mais na Exame