Abdul Razak Artan: Artan, que nasceu na Somália, era um residente legal e permanente dos EUA, que chegou no país em 2014 (Reuters)
Reuters
Publicado em 29 de novembro de 2016 às 18h55.
Washington/Columbus - Um imigrante somali que jogou o carro contra pedestres na Universidade do Estado de Ohio e esfaqueou outras pessoas com uma faca de açougueiro pode ter seguido o mesmo caminho de autorradicalização do de militantes de outros ataques do padrão "lobo solitário", disseram autoridades norte-americanas nesta terça-feira.
Investigadores estão examinando o histórico de Abdul Razak Ali Artan um dia depois de ele ter ferido onze pessoas no ataque no campus em Columbus onde ele era estudante. Ele foi morto a tiros momentos depois por um policial.
A polícia não deu motivos para o ataque.
Até agora, os investigadores não descobriram evidências fortes ligando Artan a outros militantes, células ou grupos conhecidos, afirmaram duas autoridades federais de segurança que não quiseram ser identificadas porque o inquérito está em andamento.
As ações de Artan seguem o chamado padrão "lobo solitário" de ataques militantes nos EUA, como o do atirador que matou 49 pessoas numa boate em Orlando, na Flórida, em junho, e o do homem que matou quatro fuzileiros e um marinheiro numa ação a tiros em Chattanooga, no Tennessee, no ano passado, disseram as autoridades.
Os agressores nesses dois ataques eram muçulmanos, assim como Artan, e foram mortos pela polícia.
Investigadores examinam uma mensagem que, acredita-se, foi publicada no Facebook por Artan e que contém declarações fortes a respeito de estar "farto e cansado" de ver muçulmanos mortos e de se aproximar de um "ponto de ebulição", disse uma fonte das forças de segurança.
Artan, que nasceu na Somália, era um residente legal e permanente dos EUA, que chegou no país em 2014, disse uma autoridade federal, que também pediu o anonimato.