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Agentes podem estar por trás de morte de promotor

A Argentina suspeita que agentes escusos do seu próprio serviço de inteligência estejam por trás da morte do Alberto Nisman, que investigava atentado

Argentinos pedem justiça nas investigações da morte de promotor Alberto Nisman em Buenos Aires (Marcos Brindicci/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2015 às 17h38.

Buenos Aires - A Argentina suspeita que agentes escusos do seu próprio serviço de inteligência estejam por trás da morte do promotor público que investigava o atentado à bomba de 1994 contra um centro comunitário judaico em Buenos Aires .

Alberto Nisman foi encontrado morto em seu apartamento na noite de domingo com um tiro na cabeça e uma pistola de calibre 22 ao seu lado, assim como uma única cápsula de bala.

Ele tinha uma audiência marcada para segunda-feira no Congresso Nacional para responder a questionamentos sobre a acusação de que a presidente argentina, Cristina Kirchner, tinha conspirado para prejudicar as investigações sobre o ataque.

A morte e subsequente onda de teorias da conspiração em torno do crime abalaram a Argentina. O governo diz que as denúncias de Nisman e sua morte estão ligadas a uma luta por poder na agência de inteligência argentina e a agentes recém demitidos.

O governo afirma que os agentes dispensados enganaram Nisman e podem ter escrito parte da denúncia de 350 páginas preparada pelo promotor.

“Quando ele estava vivo, eles precisavam dele para apresentar as acusações contra a presidente. Então, sem dúvida, foi útil que ele tenha morrido”, disse o secretário da presidente, Aníbal Fernández, nesta sexta-feira.

A Justiça argentina acusou um grupo de iranianos de plantar a bomba na Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em 1994, quando 85 pessoas morreram.

Nisman acusou Cristina, na semana passada, de ter aberto um canal de comunicação secreto com o Irã com o objetivo de acobertar o suposto envolvimento de Teerã no atentado, facilitando assim o acesso ao petróleo iraniano, necessário para reduzir o déficit argentino de combustíveis, estimado em 7 bilhões de dólares ao ano.

O governo de Cristina disse que as acusações são absurdas. O Irã negou repetidamente ter qualquer ligação com o ataque. O secretário da presidente argentina disse nesta sexta-feira não acreditar nem mesmo que Nisman tenha escrito a própria denúncia.

"Trabalhei um pouco com o promotor Nisman. Sei que ele era especialista legal bem qualificado. Ele não poderia ter escrito esse absurdo", disse Fernández. "Está totalmente claro que ele não teve nada a ver com isso, mas havia pessoas em torno dele com outra agenda." Embora o governo alegue a existência de uma conspiração para falsamente acusar a presidente e então se livrar de Nisman, ninguém foi preso no caso até momento.

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Buenos Aires - A Argentina suspeita que agentes escusos do seu próprio serviço de inteligência estejam por trás da morte do promotor público que investigava o atentado à bomba de 1994 contra um centro comunitário judaico em Buenos Aires .

Alberto Nisman foi encontrado morto em seu apartamento na noite de domingo com um tiro na cabeça e uma pistola de calibre 22 ao seu lado, assim como uma única cápsula de bala.

Ele tinha uma audiência marcada para segunda-feira no Congresso Nacional para responder a questionamentos sobre a acusação de que a presidente argentina, Cristina Kirchner, tinha conspirado para prejudicar as investigações sobre o ataque.

A morte e subsequente onda de teorias da conspiração em torno do crime abalaram a Argentina. O governo diz que as denúncias de Nisman e sua morte estão ligadas a uma luta por poder na agência de inteligência argentina e a agentes recém demitidos.

O governo afirma que os agentes dispensados enganaram Nisman e podem ter escrito parte da denúncia de 350 páginas preparada pelo promotor.

“Quando ele estava vivo, eles precisavam dele para apresentar as acusações contra a presidente. Então, sem dúvida, foi útil que ele tenha morrido”, disse o secretário da presidente, Aníbal Fernández, nesta sexta-feira.

A Justiça argentina acusou um grupo de iranianos de plantar a bomba na Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em 1994, quando 85 pessoas morreram.

Nisman acusou Cristina, na semana passada, de ter aberto um canal de comunicação secreto com o Irã com o objetivo de acobertar o suposto envolvimento de Teerã no atentado, facilitando assim o acesso ao petróleo iraniano, necessário para reduzir o déficit argentino de combustíveis, estimado em 7 bilhões de dólares ao ano.

O governo de Cristina disse que as acusações são absurdas. O Irã negou repetidamente ter qualquer ligação com o ataque. O secretário da presidente argentina disse nesta sexta-feira não acreditar nem mesmo que Nisman tenha escrito a própria denúncia.

"Trabalhei um pouco com o promotor Nisman. Sei que ele era especialista legal bem qualificado. Ele não poderia ter escrito esse absurdo", disse Fernández. "Está totalmente claro que ele não teve nada a ver com isso, mas havia pessoas em torno dele com outra agenda." Embora o governo alegue a existência de uma conspiração para falsamente acusar a presidente e então se livrar de Nisman, ninguém foi preso no caso até momento.

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