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Ex-agente da CIA Edward Snowden desaparece em Hong Kong

Responsável por revelar programa de vigilância governamental dos EUA sumiu nesta segunda-feira em Hong Kong, antecipando-se a um provável pedido de extradição

Snowden, que segundo o Guardian passou quatro anos como prestador de serviços no NSA, copiou documentos secretos no escritório da agência no Havaí, há três semanas (REUTERS / Ewen MacAskill / The Guardian)
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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2013 às 19h45.

Washington - Um prestador de serviços da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos responsável por revelar um programa secreto de vigilância governamental sumiu de vista nesta segunda-feira em Hong Kong, antecipando-se a um provável pedido de extradição.

Edward Snowden, de 29 anos, que revelou as atividades de monitoramento da NSA sobre milhões de usuários de telefones e internet, incluindo dos sites Google e Facebook, nos Estados Unidos, deixou seu hotel em Hong Kong horas depois de aparecer em um vídeo divulgado no domingo.

Em Washington, vários parlamentares defenderam que o ex-funcionário da Agência Central de Inteligência (CIA) seja extraditado e processado como responsável por um dos mais significativos vazamentos de segurança na história norte-americana. O Departamento de Justiça disse estar na etapa inicial de uma investigação criminal sobre o caso.

Os programas de vigilância foram inicialmente revelados pelos jornais The Washington Post e The Guardian, e posteriormente Snowden pediu para ser identificado como responsável pelas informações. Ele disse que as divulgou por acreditar que os EUA construíram uma vasta máquina secreta de espionagem para bisbilhotar os próprios norte-americanos.

Ex-assistente técnico da CIA, Snowden trabalhou na NSA como funcionário de uma empresa prestadora de serviços, a Booz Allen Hamilton. Ele disse que se desencantou com o presidente do país, Barack Obama, já que seu governo deu continuidade às políticas de vigilância excessivamente intrusivas de seu antecessor George W. Bush.

"Não quero viver em uma sociedade que faz esse tipo de coisa ..., não quero viver em um mundo onde tudo o que faço e digo fica gravado. Isso não é algo que eu esteja disposto a suportar ou viver sob isso", disse Snowden ao The Guardian, que publicou em seu site uma entrevista em vídeo com ele, datada de 6 de junho.

Snowden, que segundo o Guardian passou quatro anos como prestador de serviços no NSA, copiou documentos secretos no escritório da agência no Havaí, há três semanas, e então disse ao seu supervisor que precisava de algumas semanas de folga para se tratar de uma epilepsia. Em 20 de maio, ele viajou para Hong Kong.

Funcionários de um hotel de luxo onde ele se hospedou disseram à Reuters que Snowden saiu de lá por volta de 12h de segunda-feira (hora local). Ewen MacAskill, jornalista do The Guardian, disse que Snowden continua em Hong Kong.

"Ele não tinha um plano. Ele pensou detalhadamente em vazar os documentos, e aí decidiu que, em vez de ficar anônimo, iria a público. Então ele pensou nisso detalhadamente, mas seus planos para depois sempre foram vagos", disse MacAskill.

O jornalista acrescentou que o denunciante provavelmente tentará pedir asilo em algum país, "mas não tenho certeza de se isso será possível ou não".

"Imagino que haverá uma verdadeira batalha entre Washington, Pequim e grupos dos direitos civis a respeito do seu futuro", afirmou.

Os Estados Unidos e Hong Kong têm um tratado de extradição em vigor desde 1998.

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Washington - Um prestador de serviços da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos responsável por revelar um programa secreto de vigilância governamental sumiu de vista nesta segunda-feira em Hong Kong, antecipando-se a um provável pedido de extradição.

Edward Snowden, de 29 anos, que revelou as atividades de monitoramento da NSA sobre milhões de usuários de telefones e internet, incluindo dos sites Google e Facebook, nos Estados Unidos, deixou seu hotel em Hong Kong horas depois de aparecer em um vídeo divulgado no domingo.

Em Washington, vários parlamentares defenderam que o ex-funcionário da Agência Central de Inteligência (CIA) seja extraditado e processado como responsável por um dos mais significativos vazamentos de segurança na história norte-americana. O Departamento de Justiça disse estar na etapa inicial de uma investigação criminal sobre o caso.

Os programas de vigilância foram inicialmente revelados pelos jornais The Washington Post e The Guardian, e posteriormente Snowden pediu para ser identificado como responsável pelas informações. Ele disse que as divulgou por acreditar que os EUA construíram uma vasta máquina secreta de espionagem para bisbilhotar os próprios norte-americanos.

Ex-assistente técnico da CIA, Snowden trabalhou na NSA como funcionário de uma empresa prestadora de serviços, a Booz Allen Hamilton. Ele disse que se desencantou com o presidente do país, Barack Obama, já que seu governo deu continuidade às políticas de vigilância excessivamente intrusivas de seu antecessor George W. Bush.

"Não quero viver em uma sociedade que faz esse tipo de coisa ..., não quero viver em um mundo onde tudo o que faço e digo fica gravado. Isso não é algo que eu esteja disposto a suportar ou viver sob isso", disse Snowden ao The Guardian, que publicou em seu site uma entrevista em vídeo com ele, datada de 6 de junho.

Snowden, que segundo o Guardian passou quatro anos como prestador de serviços no NSA, copiou documentos secretos no escritório da agência no Havaí, há três semanas, e então disse ao seu supervisor que precisava de algumas semanas de folga para se tratar de uma epilepsia. Em 20 de maio, ele viajou para Hong Kong.

Funcionários de um hotel de luxo onde ele se hospedou disseram à Reuters que Snowden saiu de lá por volta de 12h de segunda-feira (hora local). Ewen MacAskill, jornalista do The Guardian, disse que Snowden continua em Hong Kong.

"Ele não tinha um plano. Ele pensou detalhadamente em vazar os documentos, e aí decidiu que, em vez de ficar anônimo, iria a público. Então ele pensou nisso detalhadamente, mas seus planos para depois sempre foram vagos", disse MacAskill.

O jornalista acrescentou que o denunciante provavelmente tentará pedir asilo em algum país, "mas não tenho certeza de se isso será possível ou não".

"Imagino que haverá uma verdadeira batalha entre Washington, Pequim e grupos dos direitos civis a respeito do seu futuro", afirmou.

Os Estados Unidos e Hong Kong têm um tratado de extradição em vigor desde 1998.

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