Mundo

Agências dos EUA podem chamar de volta agentes de licença

Agências de espionagem querem chamar trabalhadores afastados temendo perder importantes dados de inteligência


	Sede da CIA, em Langley, Virgínia: cerca de 12.500 integrantes da força de trabalho civil da agência foram inicialmente postos em licença não remunerada
 (AFP/ Saul Loeb)

Sede da CIA, em Langley, Virgínia: cerca de 12.500 integrantes da força de trabalho civil da agência foram inicialmente postos em licença não remunerada (AFP/ Saul Loeb)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2013 às 18h55.

Washington - Temendo perder importantes dados de inteligência, as agências de espionagem dos EUA estão planejando chamar de volta ao trabalho alguns dos milhares de trabalhadores civis que foram temporariamente afastados, como resultado da paralisação do governo federal esta semana.

O diretor da Inteligência Nacional, James Clapper, já autorizou os chefes das 16 agências de espionagem dos EUA sob sua supervisão a fazer revisões em suas licenças não remuneradas, disse o porta-voz dele, Shawn Turner.

"O impacto da paralisação na missão da Comunidade de Inteligência não é estático, é cumulativo. Os funcionários em atividade estão sobrecarregadas. Eles estão focados nas necessidades mais críticas de segurança", disse Turner, em um email nesta quarta-feira .

"No entanto, como isso continua e as mudanças no ambiente de segurança mudam, será necessário fazer ajustes no número de pessoas que temos em operação", disse Turner. Não ficou claro quais agências vão chamar de volta os trabalhadores e quantos retornarão a seus postos.

Turner e outros funcionários familiarizados com o assunto não puderam responder de imediato por quanto tempo os chefes de espionagem podem legalmente manter funcionários de licença. Um funcionário afirmou que geralmente esses órgãos são autorizados a manter em ação pessoal necessário para garantir que não sejam prejudicadas vidas e a segurança nacional.

Um outro disse que os chefes de inteligência "devem estar malucos" por permitir o atual nível de folgas porque a população vai se voltar contra eles "se acontecer alguma coisa".

Na terça-feira, a presidente do Comitê de Inteligência do Senado, Dianne Feinstein, afirmou que as agências de espionagem tinham instruções para colocar 72 por cento de sua força de trabalho civil em licença durante a paralisação do governo, causada por um impasse legislativo entre o Senado, controlado pelos democratas, e Câmara dos Deputados, de maioria republicana.

Feinstein disse que uma boa ação de inteligência requer que agentes da CIA no exterior se encontram com fontes e técnicos coletem sinais de imagens e informações.

Embora ela não tinha dito explicitamente que a paralisação tinha impedido agentes da CIA de se encontrarem com informantes ou levado à redução da espionagem eletrônica da Agência de Segurança Nacional, funcionários da CIA afirmaram que o processamento de informações de fontes humanas é suscetível de ser prejudicado pela paralisação.

Segundo as autoridades, cerca de 12.500 integrantes da força de trabalho civil da CIA, que se acredita totalize 20 mil pessoas, foram inicialmente postos em licença não remunerada.

Acompanhe tudo sobre:EspionagemEstados Unidos (EUA)Países ricosseguranca-digital

Mais de Mundo

Venezuela expulsa embaixadores de Argentina, Chile e outros países que questionam vitória de Maduro

Protestos contra reeleição de Maduro são registrados em favelas de Caracas: 'Entregue o poder!'

Eleição na Venezuela: Panamá retira diplomatas em Caracas e põe relações bilaterais 'em suspenso'

Trump aceita ser ouvido como vítima pelo FBI em investigação por atentado que sofreu

Mais na Exame