África Ocidental segue o Brasil na exploração do pré-sal
Geólogos dizem há muito tempo que o solo oceânico no oeste da África se assemelha ao da América do Sul
Da Redação
Publicado em 29 de novembro de 2013 às 14h11.
Dacar/Luanda - Investidores estão intensificando a caçada de bilhões de dólares em petróleo dispostos sob uma camada de sal no fundo do mar na África Ocidental, no Atlântico, buscando assim repetir as grandes descobertas feitas pelo Brasil, do outro lado do mesmo oceano.
Geólogos dizem há muito tempo que o solo oceânico no oeste da África se assemelha ao da América do Sul. Os dois continentes formavam uma massa única aproximadamente 200 milhões de anos atrás.
Agora, os preços do petróleo constantemente acima de 100 dólares por barril e tecnologias mais baratas tornam mais viável para as empresas explorarem milhares de milhas sob a superfície.
O entusiasmo surgiu depois de descobertas na camada do pré-sal feitas pela Total e a Cobalt no Gabão e Angola, mudando o foco para uma região que estava em segundo plano em relação ao boom na exploração de gás no leste da África.
O vice-presidente sênior da exploradora Kosmos Energy, William Hayes, disse à Reuters que a empresa espera "um conjunto de descobertas menores, mas ainda assim significativas em termos globais" na região.
O diretor de exploração da BP para a África subsaariana, Jasper Peijs, disse prever descobertas supergigantes na costa de Angola.
"Todas as prospecções ali têm o potencial de ser gigantes, e eu diria de pelo menos 250 milhões de barris ou ainda maiores do que isso, ou supergigantes, de 500 milhões a 1 bilhão de barris, e mesmo ainda maiores", disse ele no intervalo de uma conferência sobre petróleo e gás na África, na Cidade do Cabo.
Até o momento, a maior parte do entusiasmo se concentra em Angola, onde a prospecção está mais avançada depois de uma rodada de licenças em 2011.
"O primeiro ano foi de coleta de dados sísmicos, depois veio a avaliação dos resultados, e 2014 será para a maioria dos operadores o ano das perfurações", afirmou o diretor-geral da Total em Angola, Jean-Michel Lavergne, acrescentando que a empresa vai perfurar dois dos 10 a 15 poços do pré-sal previstos para exploração em 2014.
Alguns especialistas avaliam que a zona do pré-sal se estenda mais ao norte, até a República do Congo e a Guiné Equatorial ou para o sul, na Namíbia, se alongando por uma faixa de mais de 2 mil quilômetros do litoral.
O Brasil fez várias descobertas no pré-sal desde 2007 na Bacia de Santos, no litoral do Sudeste. E também já tem um conjunto de novos poços, como é o caso do imenso campo de Libra.
A Agência Internacional de Energia prevê que o Brasil se tornará o sexto maior produtor de petróleo até 2035 e poderá representar um terço do crescimento líquido da oferta mundial.
Mas a entidade observou, porém, que o ritmo de crescimento da oferta vai depender da capacidade da estatal Petrobras manter seus planos de investimento, projetados em 235 bilhões de dólares em cinco anos -- o maior programa de gastos corporativos do mundo.
Dacar/Luanda - Investidores estão intensificando a caçada de bilhões de dólares em petróleo dispostos sob uma camada de sal no fundo do mar na África Ocidental, no Atlântico, buscando assim repetir as grandes descobertas feitas pelo Brasil, do outro lado do mesmo oceano.
Geólogos dizem há muito tempo que o solo oceânico no oeste da África se assemelha ao da América do Sul. Os dois continentes formavam uma massa única aproximadamente 200 milhões de anos atrás.
Agora, os preços do petróleo constantemente acima de 100 dólares por barril e tecnologias mais baratas tornam mais viável para as empresas explorarem milhares de milhas sob a superfície.
O entusiasmo surgiu depois de descobertas na camada do pré-sal feitas pela Total e a Cobalt no Gabão e Angola, mudando o foco para uma região que estava em segundo plano em relação ao boom na exploração de gás no leste da África.
O vice-presidente sênior da exploradora Kosmos Energy, William Hayes, disse à Reuters que a empresa espera "um conjunto de descobertas menores, mas ainda assim significativas em termos globais" na região.
O diretor de exploração da BP para a África subsaariana, Jasper Peijs, disse prever descobertas supergigantes na costa de Angola.
"Todas as prospecções ali têm o potencial de ser gigantes, e eu diria de pelo menos 250 milhões de barris ou ainda maiores do que isso, ou supergigantes, de 500 milhões a 1 bilhão de barris, e mesmo ainda maiores", disse ele no intervalo de uma conferência sobre petróleo e gás na África, na Cidade do Cabo.
Até o momento, a maior parte do entusiasmo se concentra em Angola, onde a prospecção está mais avançada depois de uma rodada de licenças em 2011.
"O primeiro ano foi de coleta de dados sísmicos, depois veio a avaliação dos resultados, e 2014 será para a maioria dos operadores o ano das perfurações", afirmou o diretor-geral da Total em Angola, Jean-Michel Lavergne, acrescentando que a empresa vai perfurar dois dos 10 a 15 poços do pré-sal previstos para exploração em 2014.
Alguns especialistas avaliam que a zona do pré-sal se estenda mais ao norte, até a República do Congo e a Guiné Equatorial ou para o sul, na Namíbia, se alongando por uma faixa de mais de 2 mil quilômetros do litoral.
O Brasil fez várias descobertas no pré-sal desde 2007 na Bacia de Santos, no litoral do Sudeste. E também já tem um conjunto de novos poços, como é o caso do imenso campo de Libra.
A Agência Internacional de Energia prevê que o Brasil se tornará o sexto maior produtor de petróleo até 2035 e poderá representar um terço do crescimento líquido da oferta mundial.
Mas a entidade observou, porém, que o ritmo de crescimento da oferta vai depender da capacidade da estatal Petrobras manter seus planos de investimento, projetados em 235 bilhões de dólares em cinco anos -- o maior programa de gastos corporativos do mundo.