África já é o quarto maior parceiro econômico do Brasil
Comércio com o continente somou 20 bilhões de dólares no ano passado; agricultura é o destaque
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Os negócios do Brasil com a África ainda estão muito abaixo do que China e Índia tem com o continente (Germano Lüders/EXAME.com)
Publicado em 17 de novembro de 2011 às, 14h58.
Genebra - As trocas de bens e serviços entre a África e o Brasil somaram 20 bilhões de dólares em 2010, o que torna o continente o quarto parceiro comercial mais importante do país, segundo dados da Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad).
O organismo apresentou nesta quinta-feira em Genebra o 'Relatório 2011 sobre os Países Menos Desenvolvidos', no qual destacou que desde a última década a cooperação econômica e comercial do Brasil com os países do Sul vem aumentando
Apesar disso, o estudo afirma que o volume de negócios do país com a África ainda está longe dos números da China (mais de US$ 100 bilhões) e da Índia (US$ 32 bilhões).
Segundo a Unctad, a agricultura é um dos setores-chave desta cooperação, como foi evidenciado com a realização em 2010, em Brasília, do primeiro Diálogo Brasil-África sobre Segurança Alimentar, Combate a Fome e Desenvolvimento Rural.
Outro setor destacado foram as trocas relativas à produção de biocombustíveis procedentes da cana-de-açúcar. O Brasil também vem aumentando seu investimento no desenvolvimento da infraestrutura africana. Um exemplo é o investimento de US$ 1,700 bilhões da mineradora Vale do Rio Doce em Moçambique. Espera-se que a mina de carvão instalada no país contribua para o aumento do PIB local e gere cerca de 7.500 vagas de trabalho.
Junto à Nigéria, o Brasil liderou a criação do Fórum de Cooperação África-América do Sul, que já teve duas edições. Em março desse ano, foram assinados vários acordos na área de comércio, turismo, transporte, mineração, energia, agricultura, meio ambiente e telecomunicações.
A Unctad também lembrou das atividades no Haiti e no Timor-Leste. Na nação caribenha, o Brasil dirige a Minustah, a missão das Nações Unidas para a estabilização do país, e já contribuiu com US$ 300 milhões para ajudar no desenvolvimento econômico do Haiti.
Além disso, a Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa) iniciou uma série de projetos para revitalizar a agricultura familiar sustentável do país, projeto similar ao que faz no Timor.
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