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África do Sul retirará forças na República Centro-Africana

Segundo o governo sul-africano, o acordo bilateral foi rompido com o golpe perpetrado na RC


	O líder do grupo rebelde Seleka, Michel Djotodia: um golpe de estado derrubou François Bozizé, e o líder insurgente se autoproclamou o novo presidente
 (Steve Jordan/AFP)

O líder do grupo rebelde Seleka, Michel Djotodia: um golpe de estado derrubou François Bozizé, e o líder insurgente se autoproclamou o novo presidente (Steve Jordan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2013 às 08h27.

Johanesburgo - A África do Sul irá retirar as tropas que mantém desdobradas na República Centro-Africana (RC) após o golpe de estado perpetrado nesse país em 24 de março, confirmou nesta quinta-feira à Agência Efe o porta-voz da Presidência sul-africana, Mac Maharaj.

"O autoproclamado presidente da RC suspendeu a Constituição e dissolveu o Parlamento. Portanto, já não temos um acordo bilateral", disse Maharaj por telefone, em referência ao compromisso da África do Sul com o presidente retirado, François Bozizé, de desdobrar tropas no país centro-africano.

A decisão foi comunicada ontem aos seus colegas africanos pelo presidente sul-africano, Jacob Zuma, durante a cúpula extraordinária realizada no Chade pela Comunidade Econômica de Estados da África Central (CEEA) para tratar da crise na RC.

Um golpe de estado promovido pelos rebeldes da coalizão Seleka derrubou François Bozizé, e o líder insurgente, Michel Djotodia, se autoproclamou o novo presidente.

A África do Sul autorizou em janeiro o desdobramento de 400 soldados na RC - embora, até o momento, tenha mobilizado só 200 - em virtude de um acordo de cooperação militar bilateral assinado em 2007, e renovado por cinco anos em dezembro de 2012.

Um dia antes de os rebeldes tomarem a capital centro-africana, Bangui, 13 soldados sul-africanos morreram em uma dura batalha contra as forças da coalizão Seleka, composta por quatro grupos rebeldes, às portas da cidade.

A Seleka pegou em armas no norte do país em dezembro por considerar que Bozizé não respeitara acordos de paz assinados em 2007. 

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