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Afegãos protestam por queima de cópias do Alcorão

Militares americanos teriam queimado livros religiosos que eram usados pelos detentos da base de Bagram

Há cerca de 14 mil tropas estrangeiras no Afeganistão (Joel Saget/AFP)
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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2012 às 08h36.

Cabul - Mais de 2 mil afegãos furiosos protestaram nesta terça-feira pela suposta queima de cópias do Alcorão pelas tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), entre outros materiais religiosos muçulmanos. Os manifestantes se reuniram no início da manhã, após serem informados sobre o incidente na base de Bagram.

O general John Allen, comandante norte-americano das tropas internacionais no Afeganistão, ordenou uma investigação sobre o que ele qualificou como um descarte não intencional de materiais islâmicos. O líder afegão local, Ahmad Zaki Zahed, disse que as autoridades militares dos EUA deram a ele 30 exemplares do Alcorão e outros livros religiosos que eram usados pelos detentos da base. Segundo ele, alguns dos livros foram queimados, enquanto outros foram jogados no lixo.

A base de Bagram, 60 quilômetros ao norte de Cabul, respondeu com balas de borracha de uma torre de controle, enquanto a multidão gritava "Deus é maior" em árabe ("Allahu akbar"). As forças de segurança mandaram reforços ao local, a fim de interromper as manifestações no conservador país.

Allen desculpou-se pelo incidente. "Eu peço minhas sinceras desculpas por qualquer ofensa que possa ter sido causada ao presidente do Afeganistão, ao governo da República Islâmica do Afeganistão e, mais importante, ao nobre povo afegão", disse ele. O pedido de desculpas foi veiculado várias vezes na televisão local.

Um graduado funcionário do governo afegão foi o primeiro a comentar que tropas da Otan teriam queimado o livro sagrado muçulmano dentro da base.

Protestos similares tornaram-se violentos no passado no Afeganistão, uma nação extremamente devota, onde insultos à religião podem resultar em pena de morte. Cerca de 10 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas por causa da queima de um Alcorão pelo pastor norte-americano Terry Jones, na Flórida. As informações são da Dow Jones.

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O general John Allen, comandante norte-americano das tropas internacionais no Afeganistão, ordenou uma investigação sobre o que ele qualificou como um descarte não intencional de materiais islâmicos. O líder afegão local, Ahmad Zaki Zahed, disse que as autoridades militares dos EUA deram a ele 30 exemplares do Alcorão e outros livros religiosos que eram usados pelos detentos da base. Segundo ele, alguns dos livros foram queimados, enquanto outros foram jogados no lixo.

A base de Bagram, 60 quilômetros ao norte de Cabul, respondeu com balas de borracha de uma torre de controle, enquanto a multidão gritava "Deus é maior" em árabe ("Allahu akbar"). As forças de segurança mandaram reforços ao local, a fim de interromper as manifestações no conservador país.

Allen desculpou-se pelo incidente. "Eu peço minhas sinceras desculpas por qualquer ofensa que possa ter sido causada ao presidente do Afeganistão, ao governo da República Islâmica do Afeganistão e, mais importante, ao nobre povo afegão", disse ele. O pedido de desculpas foi veiculado várias vezes na televisão local.

Um graduado funcionário do governo afegão foi o primeiro a comentar que tropas da Otan teriam queimado o livro sagrado muçulmano dentro da base.

Protestos similares tornaram-se violentos no passado no Afeganistão, uma nação extremamente devota, onde insultos à religião podem resultar em pena de morte. Cerca de 10 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas por causa da queima de um Alcorão pelo pastor norte-americano Terry Jones, na Flórida. As informações são da Dow Jones.

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