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Afeganistão não confirma morte de 23 soldados do Paquistão

Governo do Afeganistão assegurou que não pode confirmar anúncio de que decapitação de 23 soldados paquistaneses aconteceu em território afegão

Militares no Paquistão: Paquistão iniciou há duas semanas conversas formais de paz com o principal grupo taleban do país (Faisal Mahmood/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2014 às 13h09.

Cabul - O governo do Afeganistão assegurou que "não pode confirmar" o anúncio feito pelo Executivo do Paquistão DE que a decapitação de 23 soldados paquistaneses aconteceu em território afegão, informou nesta sexta-feira o jornal local "Khaama".

O Ministério das Relações Exteriores afegão afirmou ontem através de um comunicado que, embora "não possa confirmar o assassinato dos 23 soldados (que insurgentes mantinham em cativeiro desde 2010), fará o máximo possível para verificar a veracidade de tal incidente".

A reação do governo afegão veio depois que o assessor especial de Segurança Nacional do governo paquistanês, Sartaj Aziz, sentenciou ontem de maneira categórica em um encontro nas Maldivas que o massacre dos soldados aconteceu no Afeganistão.

Aziz pediu ainda ao Executivo do presidente afegão, Hamid Karzai, que tome ações imediatas para deter e punir os autores do "crime atroz e desumano".

No entanto, o escritório afegão das Relações Exteriores acusou na nota de maneira indireta ao Paquistão de "tentar influir" em seu país através do "terrorismo" e lhe lembrou que é ilusão pensar que "se criam serpentes venenosas, estas só morderão os outros".

"Mais uma vez pedimos ao governo do Paquistão que coopere conosco no desmantelamento dos santuários terroristas e evite que os extremistas disponham do habitat adequado para que cresçam e ponham a paz em risco", sentenciou o Executivo afegão.

Segundo diversos analistas, o aparelho de segurança do Paquistão continua oferecendo apoio a algumas facções dos talebans com base em território paquistanês que lançam ataques no Afeganistão, com o objetivo de manter certa influência no futuro político do país.

O governo paquistanês nega, mas, desde a queda há 12 anos do regime taleban em Cabul, mostrou uma atitude ambígua nessa questão.

Ao mesmo tempo, o Paquistão experimentou o último ano um notável aumento da atividade terrorista e se rompeu uma tendência de baixa iniciada em 2010.

O governo do Paquistão iniciou há duas semanas conversas formais de paz com o principal grupo taleban do país, o TTP, mas as negociações foram suspensas ontem pelo Executivo devido à persistência das ações armadas insurgentes.

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Cabul - O governo do Afeganistão assegurou que "não pode confirmar" o anúncio feito pelo Executivo do Paquistão DE que a decapitação de 23 soldados paquistaneses aconteceu em território afegão, informou nesta sexta-feira o jornal local "Khaama".

O Ministério das Relações Exteriores afegão afirmou ontem através de um comunicado que, embora "não possa confirmar o assassinato dos 23 soldados (que insurgentes mantinham em cativeiro desde 2010), fará o máximo possível para verificar a veracidade de tal incidente".

A reação do governo afegão veio depois que o assessor especial de Segurança Nacional do governo paquistanês, Sartaj Aziz, sentenciou ontem de maneira categórica em um encontro nas Maldivas que o massacre dos soldados aconteceu no Afeganistão.

Aziz pediu ainda ao Executivo do presidente afegão, Hamid Karzai, que tome ações imediatas para deter e punir os autores do "crime atroz e desumano".

No entanto, o escritório afegão das Relações Exteriores acusou na nota de maneira indireta ao Paquistão de "tentar influir" em seu país através do "terrorismo" e lhe lembrou que é ilusão pensar que "se criam serpentes venenosas, estas só morderão os outros".

"Mais uma vez pedimos ao governo do Paquistão que coopere conosco no desmantelamento dos santuários terroristas e evite que os extremistas disponham do habitat adequado para que cresçam e ponham a paz em risco", sentenciou o Executivo afegão.

Segundo diversos analistas, o aparelho de segurança do Paquistão continua oferecendo apoio a algumas facções dos talebans com base em território paquistanês que lançam ataques no Afeganistão, com o objetivo de manter certa influência no futuro político do país.

O governo paquistanês nega, mas, desde a queda há 12 anos do regime taleban em Cabul, mostrou uma atitude ambígua nessa questão.

Ao mesmo tempo, o Paquistão experimentou o último ano um notável aumento da atividade terrorista e se rompeu uma tendência de baixa iniciada em 2010.

O governo do Paquistão iniciou há duas semanas conversas formais de paz com o principal grupo taleban do país, o TTP, mas as negociações foram suspensas ontem pelo Executivo devido à persistência das ações armadas insurgentes.

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