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Afeganistão aposta em "Mapa do caminho" para chegar à paz

As autoridades afegãs querem incorporar os insurgentes do Talibã

Ex-combatentes talibãs mostram suas armas antes de se unirem às forças do governo afegão em 3 de novembro em Herat (Aref Karimi/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2012 às 14h40.

Cabul - As autoridades afegãs querem incorporar os insurgentes do Talibã ao poder com a esperança de garantir a estabilidade do país quando concluída a missão de combate da OTAN, no final de 2014, de acordo com seu "Mapa do caminho para a paz em 2015".

Após uma década, as forças da OTAN, encabeçadas pelos Estados Unidos, não conseguiram pôr fim à insurreição dos talibãs que tentam retomar o poder através da força.

De acordo com vários analistas, o Afeganistão poderia entrar em nova guerra civil quando os talibãs se fortalecerem em Cabul com a saída do país de 100.000 soldados da missão da OTAN no final de 2014, aumentando ainda mais a importância do processo de paz.

O "Mapa do caminho para a paz em 2015", consultado nesta terça-feira pela AFP, tem como objetivo principal garantir a colaboração do Paquistão no processo de paz.

Cabul acusa os paquistaneses de acomodar em seu território responsáveis e combatentes do talibã.

O Paquistão, considerado ator importante devido ao vínculo com facções talibãs, quer desempenhar um papel importante na estabilização de seu vizinho após 2014 e já liberou prisioneiros talibãs de suas prisões para dar um impulso no processo de reconciliação afegã.


"Os Estados Unidos e a ONU deveriam flexibilizar as sanções impostas a alguns talibãs para permitir que participem às negociações", diz o documento.

O Conselho de Segurança da ONU já adaptou, na segunda-feira, algumas sanções contra os talibãs afegãos para permitir que alguns deles viagem para participar no processo de paz.

Porém, os talibãs se recusam em negociar diretamente com o presidente Karzai e querem dialogar com potencias estrangeiras como Estados Unidos.

O "Mapa do caminho" afegão prevê também, numa terceira etapa, um cessar-fogo em 2013 e a transformação dos grupos armados dos talibãs em partido político.

O Afeganistão organizará eleições presidenciais em 2014 e legislativas em 2015. De acordo com a Constituição, o presidente Karzai não pode concorrer a um terceiro mandato consecutivo.

Os talibãs poderão integrar "a estrutura de poder do Estado, em postos não eleitos", como governadores das províncias, prevê o texto.

A última etapa do plano pretende pôr fim ao conflito entre as autoridades afegãs e os insurgentes até 2014 para garantir "a estabilidade e a segurança a longo prazo" do país.

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Após uma década, as forças da OTAN, encabeçadas pelos Estados Unidos, não conseguiram pôr fim à insurreição dos talibãs que tentam retomar o poder através da força.

De acordo com vários analistas, o Afeganistão poderia entrar em nova guerra civil quando os talibãs se fortalecerem em Cabul com a saída do país de 100.000 soldados da missão da OTAN no final de 2014, aumentando ainda mais a importância do processo de paz.

O "Mapa do caminho para a paz em 2015", consultado nesta terça-feira pela AFP, tem como objetivo principal garantir a colaboração do Paquistão no processo de paz.

Cabul acusa os paquistaneses de acomodar em seu território responsáveis e combatentes do talibã.

O Paquistão, considerado ator importante devido ao vínculo com facções talibãs, quer desempenhar um papel importante na estabilização de seu vizinho após 2014 e já liberou prisioneiros talibãs de suas prisões para dar um impulso no processo de reconciliação afegã.


"Os Estados Unidos e a ONU deveriam flexibilizar as sanções impostas a alguns talibãs para permitir que participem às negociações", diz o documento.

O Conselho de Segurança da ONU já adaptou, na segunda-feira, algumas sanções contra os talibãs afegãos para permitir que alguns deles viagem para participar no processo de paz.

Porém, os talibãs se recusam em negociar diretamente com o presidente Karzai e querem dialogar com potencias estrangeiras como Estados Unidos.

O "Mapa do caminho" afegão prevê também, numa terceira etapa, um cessar-fogo em 2013 e a transformação dos grupos armados dos talibãs em partido político.

O Afeganistão organizará eleições presidenciais em 2014 e legislativas em 2015. De acordo com a Constituição, o presidente Karzai não pode concorrer a um terceiro mandato consecutivo.

Os talibãs poderão integrar "a estrutura de poder do Estado, em postos não eleitos", como governadores das províncias, prevê o texto.

A última etapa do plano pretende pôr fim ao conflito entre as autoridades afegãs e os insurgentes até 2014 para garantir "a estabilidade e a segurança a longo prazo" do país.

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