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Aeroméxico realiza primeiro voo transcontinental movido a biocombustível

Avião com mais de 250 passageiros a bordo fará a rota México-Madri nesta segunda com uma mistura de 70% de combustível tradicional e 30% de biocombustível

Boeing da Aeroméxico: motor a biocombustível emite 12% menos dióxido de carbono.   (Wikimedia Commons)

Boeing da Aeroméxico: motor a biocombustível emite 12% menos dióxido de carbono. (Wikimedia Commons)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 2 de agosto de 2011 às 14h52.

São Paulo – Cada vez mais empenhada em reduzir suas emissões de carbono, a indústria da aviação está prestes a realizar um feito histórico com o lançamento do primeiro voo transcontinental tripulado movido a biocombustível. A aeronave sairá do México para Madri, no continente europeu, às 21h20 (19h20, no horário local) desta segunda (1º) com mais de 250 passageiros a bordo.

Trata-se de um Boeing 777-200ER equipado com motores que produzem 12% menos dióxido de carbono por assento que o seu concorrente mais próximo. O bom desempenho ambiental é alcançado graças ao uso da mistura de 70% de combustível tradicional e 30% de biocombustível.

Fruto de uma em parceria entre a empresa mexicana, a Boeing e a ASA (Aeropuertos y Servicios Auxiliares), o combustível renovável é composto de hidrocarbonetos obtidos da planta oleaginosa Jatropha Curcas, cultivada em várias regiões do mundo, incluindo o México.

De acordo com a Aeroméxico, este primeiro voo verde entre dois continentes pretende mostrar as possibilidades e oportunidades da aviação de baixo carbono e o compromisso da empresa com a sustentabilidade.

Mas o feito não deverá se repetir tão cedo. Segundo a companhia, o combustível alternativo ainda é financeiramente inviável para a aviação comercial. Entretanto, a empresa estuda a implementação de um programa de voos comerciais com biocombustível a destinos como San José, Costa Rica, ao longo de um ano.

Fonte alternativa de energia, os biocombustíveis aparecem como um aliado do setor, que pretende reduzir à metade suas emissões de CO2 até 2050 e driblar os custos crescentes com querosene de aviação. Hoje, pelo menos 40% dos custos totais das empresas áreas têm relação com a compra de energia.

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