Exame Logo

Advogados de capitão do Concordia pedem nova perícia

Advogados de Francesco Schettino pediram uma nova perícia nos destroços do navio Costa Concordia para esclarecer a causa exata das mortes

Francesco Schettino, capitão do navio Costa Concordia, conversa com seus advogados durante julgamento em Grosseto, na Itália (Giampiero Sposito/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2013 às 17h58.

Grossetto - Advogados de Francesco Schettino, capitão do navio Costa Concordia, cujo naufrágio matou 32 pessoas no ano passado na Itália , pediram nesta quinta-feira uma nova perícia nos destroços para esclarecer a causa exata das mortes.

Schettino está sendo julgado por homicídio e por ter abandonado o barco durante o naufrágio de janeiro de 2012, ocorrido depois de ele levar a embarcação até uma área rasa e rochosa na costa da ilha de Giglio.

Ele admitiu que, como capitão do navio, teve parte da responsabilidade, mas disse que recusa a culpa integral. Seus advogados dizem que a empresa Costa Cruzeiros, dona do navio, também é responsável.

O advogado de Schettino, Domenico Pepe, disse ao tribunal que nenhuma das 32 mortes foi causada diretamente pelo impacto com as rochas e que eventuais defeitos no navio devem ser investigados mais minuciosamente antes que o casco seja erguido.

"As pessoas morreram mais de duas horas depois do impacto", disse Pepe no tribunal. "Como podemos saber a verdade sobre essas mortes se não fizermos verificações no naufrágio antes que ele seja colocado de pé?" Entre os aspectos a serem periciados estão a vedação das portas, os geradores de emergência que, segundo o advogado, não funcionaram, impedindo a operação de elevadores, e os botes salva-vidas.

O acidente com o Concordia motivou uma caótica operação noturna para o resgate de mais 4 mil passageiros e tripulantes que estavam a bordo do navio de 951 pés (290 metros), cujo casco continua tombado sobre as rochas ao lado do porto de Giglio.

As autoridades locais não se opõem à nova perícia, mas querem que ela seja feita assim que possível para que a embarcação possa ser removida.

"Cada dia que passa com o Concordia em frente à ilha aumenta o dano a Giglio", disse ao tribunal o advogado do município, Franco Maria Lecci.

Equipes especializadas se preparam para endireitar o casco em setembro, para que ele possa ser trazido à tona e rebocado no primeiro semestre de 2014.

Mas o tribunal na localidade de Grosseto não planeja tomar nenhuma decisão sobre a nova perícia antes da próxima audiência, em 23 de setembro, quando ouvirá os peritos que participaram da investigação inicial.

Veja também

Grossetto - Advogados de Francesco Schettino, capitão do navio Costa Concordia, cujo naufrágio matou 32 pessoas no ano passado na Itália , pediram nesta quinta-feira uma nova perícia nos destroços para esclarecer a causa exata das mortes.

Schettino está sendo julgado por homicídio e por ter abandonado o barco durante o naufrágio de janeiro de 2012, ocorrido depois de ele levar a embarcação até uma área rasa e rochosa na costa da ilha de Giglio.

Ele admitiu que, como capitão do navio, teve parte da responsabilidade, mas disse que recusa a culpa integral. Seus advogados dizem que a empresa Costa Cruzeiros, dona do navio, também é responsável.

O advogado de Schettino, Domenico Pepe, disse ao tribunal que nenhuma das 32 mortes foi causada diretamente pelo impacto com as rochas e que eventuais defeitos no navio devem ser investigados mais minuciosamente antes que o casco seja erguido.

"As pessoas morreram mais de duas horas depois do impacto", disse Pepe no tribunal. "Como podemos saber a verdade sobre essas mortes se não fizermos verificações no naufrágio antes que ele seja colocado de pé?" Entre os aspectos a serem periciados estão a vedação das portas, os geradores de emergência que, segundo o advogado, não funcionaram, impedindo a operação de elevadores, e os botes salva-vidas.

O acidente com o Concordia motivou uma caótica operação noturna para o resgate de mais 4 mil passageiros e tripulantes que estavam a bordo do navio de 951 pés (290 metros), cujo casco continua tombado sobre as rochas ao lado do porto de Giglio.

As autoridades locais não se opõem à nova perícia, mas querem que ela seja feita assim que possível para que a embarcação possa ser removida.

"Cada dia que passa com o Concordia em frente à ilha aumenta o dano a Giglio", disse ao tribunal o advogado do município, Franco Maria Lecci.

Equipes especializadas se preparam para endireitar o casco em setembro, para que ele possa ser trazido à tona e rebocado no primeiro semestre de 2014.

Mas o tribunal na localidade de Grosseto não planeja tomar nenhuma decisão sobre a nova perícia antes da próxima audiência, em 23 de setembro, quando ouvirá os peritos que participaram da investigação inicial.

Acompanhe tudo sobre:ConcordiaEuropaItáliaNaviosPaíses ricosPiigsTransportes

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame