O advogado reconheceu que a situação poderia ser esclarecida pelo aprofundamento das apurações sobre a ligação dos laranjas com a imobiliária que aluga o imóvel, mas lembra que a iniciativa não pode ser atribuída a Palocci (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 5 de junho de 2011 às 07h39.
Brasília - O advogado José Roberto Batochio, que defende Antonio Palocci, afirmou que a notícia da revista Veja sobre o apartamento alugado pelo ministro-chefe da Casa Civil, em São Paulo, é "uma temeridade" e "um despropósito", por atribuir ao inquilino responsabilidades que deveriam ser cobradas da administradora responsável pela locação do imóvel.
Batochio comparou a situação de seu cliente à de um consumidor em relação ao dono do armazém onde ele faz suas compras. "Você não pode ser responsável pelos antecedentes do dono da mercearia onde adquire seus produtos de necessidade básica", afirmou. "Eu acho essa matéria um despropósito. Com todo respeito ao autor da matéria, não tem o menor sentido".
O advogado reconheceu, entretanto, que a situação poderia ser esclarecida pelo aprofundamento das apurações sobre a ligação dos laranjas Dayvini Costa Nunes e Felipe Garcia dos Santos com a imobiliária que aluga o imóvel. Mas lembra que essa iniciativa não pode ser atribuída a Palocci. "Se bem que isso não é um problema que diz respeito ao ministro, diz respeito aos proprietários", observa.
"Para alugar um imóvel , procura-se uma imobiliária, uma administradora de bens e lá tem uma série de imóveis... imóvel a, b e c e se escolhe o imóvel c", comparou. "São informados o valor, o condomínio e, se satisfaz, é feito o contrato diretamente com a administradora, nem se fica conhecendo o proprietário, então não se pode nem mesmo ser responsável pela biografia do proprietário."
Ele afirmou ainda que é "muito comum" o fato de os proprietários não terem interesse em conhecer quem ocupa seus imóveis, deixando a função para uma administradora de imóveis que "faz tudo".