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Adolescente de Gaza vira sensação com tuítes sobre guerra

Antes uma desconhecida atleta colegial, os seguidores de Farah na Internet saltaram de 800 para 166 mil

Farah Baker: “estou tentando dizer ao mundo sobre o que eu sinto e o que está acontecendo aqui” (Siegfried Modola/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2014 às 14h24.

Gaza - Quando as bombas começam a explodir em Gaza , a adolescente palestina Farah Baker pega seu celular ou laptop antes de buscar cobertura e disparara tuítes que capturam o drama do tumulto e medo que a cercam.

As publicações dessa garota de 16 anos no Twitter a tornaram uma sensação das mídias sociais durante o conflito na região. Antes uma desconhecida atleta colegial, os seguidores de Farah na Internet saltaram de 800 para 166 mil.

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Morar perto do hospital Shifa, na Cidade de Gaza, onde seu pai é cirurgião, dá a Farah a chance de escutar as escandalosas sirenes das ambulâncias, em acréscimo aos barulhos das explosões dos bombardeios de Israel.

Farah frequentemente registra esses sons e publica vídeos para fornecer a seus seguidores um relato pessoal da guerra.

Um tuíte de 1o de agosto incluía um link para um vídeo de uma rua escurecida, pontuado pelos sons de repetidas explosões. Em outro tweet, Farah faz comentários sobre buscar abrigo da artilharia em um dos quartos de sua casa.

“Estou tentando dizer ao mundo sobre o que eu sinto e o que está acontecendo aqui”, disse Farah à Reuters em sua casa em Gaza, acrescentando que ela tem tentado “fazer outras pessoas sentirem como se elas também estivesse passando por isso”.

Farah, cuja foto do perfil do Twitter mostra uma assustada garota de olhos azuis, disse estar surpresa com a popularidade que ela consegiu.  “

Eu não esperava isso. Eu estava escrevendo para um pequeno círculo de pessoas, e o número (de seguidores) tornou-se muito alto”, disse.

Ela sonha em se tornar uma advogada, esperando que essa profissão seja uma maneira de defender a empobrecida região de Gaza, um território costeiro que faz fronteira com Israel e Egito.

Não é sempre fácil superar seus medos para enviar um tuíte, mas ela se sente obrigada a fazer isso. “Eu vejo isso como o único jeito que posso ajudar Gaza, mostrando o que está acontecendo aqui. Às vezes, eu mando um tuíte enquanto estou chorando ou com muito medo, mas eu digo a mim mesma que não devo parar”, disse Farah.

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