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Adiado depoimento de Mueller sobre ingerência russa na campanha de Trump

Robert Mueller deveria comparecer em 17 de julho perante o Comitê Judiciário e de Inteligência da Câmara de Representantes

Donald Trump: relatório de Mueller documentou vários casos de contato entre a equipe da campanha de Trump e a Rússia (Alex Wong / Staff/Getty Images)

Donald Trump: relatório de Mueller documentou vários casos de contato entre a equipe da campanha de Trump e a Rússia (Alex Wong / Staff/Getty Images)

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AFP

Publicado em 13 de julho de 2019 às 13h34.

Foi adiado para 24 de julho o depoimento no Congresso dos Estados Unidos do procurador especial Robert Mueller sobre a ingerência russa nas eleições presidenciais de 2016 e sobre a obstrução à Justiça do presidente Donald Trump - informaram congressistas americanos.

Mueller deveria comparecer em 17 de julho perante o Comitê Judiciário e de Inteligência da Câmara de Representantes, mas o compromisso acabou sendo adiado, anunciaram os democratas Jerry Nadler e Adam Schiff, presidentes da Comissão Judiciária e da Comissão de Inteligência da Câmara de Representantes, respectivamente.

De acordo com a imprensa americana, os membros de ambos os comitês consideraram as sessões muito curtas, e estão em curso as negociações para audiências mais longas.

Finalizado em março após mais de dois anos de investigação sobre a ingerência russa nas eleições de 2016, o relatório de Mueller documentou vários casos de contato entre a equipe da campanha de Trump e a Rússia, mas concluiu que não havia motivos para aplicar acusações de conspiração criminal contra o presidente.

O documento também revelou que Trump tentou obstruir a investigação dez vezes, mas Mueller se absteve de recomendar ações criminais contra o magnata republicano.

Após a resolução, Trump argumentou que a evidência de sua inocência era clara. Já membros da oposição democrata no Congresso aumentaram seus pedidos por mais investigações e até pela abertura de um processo de "impeachment", alegando que o documento denunciava atos criminosos.

Em 29 de maio, Mueller esclareceu que não isentou Donald Trump de culpa na acusação de obstrução de Justiça, mas que o Departamento de Justiça o impediu de acusar o presidente.

Na sexta-feira, a representante democrata Jerry Nadler anunciou que sua comissão está considerando abrir um processo de "impeachment", mas que ainda não se tomou uma decisão final.

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