Príncipe Andrew negou as afirmações de que teria feito sexo com Virginia Giuffre (AFP/AFP)
AFP
Publicado em 3 de janeiro de 2022 às 17h16.
A mulher que processa o príncipe britânico Andrew por agressão sexual concordou em não processar "outros potenciais réus” em um acordo assinado anos atrás com Jeffrey Epstein, segundo um documento até então confidencial, divulgado nesta segunda-feira (3).
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O pacto revelado por um tribunal de Nova York mostra que Virginia Giuffre acertou sua ação de 500 mil dólares com o falecido financista em 2009.
O documento, que não menciona diretamente o príncipe, contém um parágrafo que prevê a proteção de outros acusados em potencial contra processos judiciais no caso envolvendo os supostos crimes sexuais de Epstein.
Diz que Giuffre “libera, absolve e exonera em definitivo as referidas partes e qualquer outra pessoa ou entidade que possa ser incluída como potencial acusado (outros possíveis réus) de todas e cada um dos atos e atuações”.
Os advogados do príncipe Andrew citaram essa estipulação entre seus argumentos para que a ação judicial contra o segundo filho da rainha Elizabeth II seja arquivada.
A defesa do príncipe espera que isso seja suficiente perante o juiz para descartar sua demanda na fase de defesa oral do caso, que será realizada nesta terça-feira.
Giuffre alega que Epstein, que cometeu suicídio enquanto aguardava seu próprio julgamento em 2019, a “emprestou” para ter relações sexuais com seus amigos ricos e poderosos, incluindo Andrew.
A demandante acionou o membro da realeza britânica por danos não especificados, alegando que o príncipe a teria agredido sexualmente em 2001, quando tinha 17 anos, ainda menor de idade segundo a lei americana.
O príncipe, de 61 anos, não foi acusado criminalmente e tem negado reiterada e energicamente as acusações.