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Acordo sobre programa nuclear está mais perto que nunca

De acordo com o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, as negociações nunca evoluíram tanto


	Os líderes das grandes potências e do Irã durante as negociações sobre o programa nuclear iraniano, em Viena
 (AFP)

Os líderes das grandes potências e do Irã durante as negociações sobre o programa nuclear iraniano, em Viena (AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2015 às 17h39.

O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, declarou nesta sexta-feira que o Irã e as potências do grupo 5+1 estão mais perto do que nunca de um acordo duradouro sobre o programa nuclear de seu país.

"Apesar de algumas diferenças, estamos mais perto do que nunca de um acordo durável", declarou Zarif, considerando, no entanto, que "nada está garantido".

Zarif, que denunciou "sanções das mais injustas" contra o Irã que atingiram "pessoas inocentes", afirmou que as grandes potências devem "tomar uma decisão histórica" e escolher entre um acordo e as pressões.

As discussões entre especialistas estão se intensificando em Viena, enquanto se aguarda o retorno, a partir de domingo à noite, de todos os chefes de diplomacia, que devem fazer a arbitragem política final para tentar chegar a um acordo até 7 de julho.

O secretário de Estado americano, John Kerry, que não deixou a capital austríaca ao longo de toda a semana, se reuniu novamente com seu colega iraniano Mohammad Javad Zarif.

"Nós temos perguntas difíceis, mas há um esforço genuíno" de todas as partes, disse Kerry. "Continuamos a trabalhar. Hoje à noite, amanhã, domingo. Definitivamente, queremos muito, nós dois, tentar ver se podemos chegar a uma conclusão", acrescentou.

Em sua mensagem de vídeo, Zarif também se referiu à ameaça do grupo Estado Islâmico (EI), que assumiu o controle de parte do Iraque e da Síria, ambos aliados do Irã na região.

"Estamos prontos para abrir novos horizontes para enfrentar desafios importantes e comuns. Hoje, a ameaça comum é o rápido desenvolvimento do extremismo violento e da barbárie sem limite", disse Zarif.

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