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Acordo nuclear impulsiona cooperação, diz presidente do Irã

Hassan Rouhani disse que trato irá abrir as portas para a cooperação com a paz e a estabilidade regional

Presidente do Irã, Hassan Rouhani, sorri durante reunião na ONU (Jewel Samad/Reuters)

Presidente do Irã, Hassan Rouhani, sorri durante reunião na ONU (Jewel Samad/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 22h01.

Nova York - Se o Irã e as potências mundiais chegarem a um acordo nuclear de longo prazo que termine com as sanções contra Teerã, o trato irá abrir as portas para a cooperação com a paz e a estabilidade regional e com a luta contra o terrorismo, afirmou o presidente do Irã nesta terça-feira.

O presidente Hassan Rouhani, que conversou com editores seniores antes da reunião anual de líderes mundiais na Assembleia Geral da ONU, disse que não tinha planos para se encontrar com o presidente norte-americano, Barack Obama, enquanto estiver na cidade de Nova York.

"Sem dúvida alguma, chegar a um acordo final nuclear irá expandir a nossa cooperação, e poderemos cooperar em vários campos, incluindo a restauração da paz regional e da estabilidade, e a luta contra o terrorismo", disse Rouhani com o auxílio de um tradutor.

Autoridades diplomáticas dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, China, França, Alemanha, Rússia e Irã se encontram nesta semana em Nova York.

Autoridades próximas aos envolvidos dizem que um acordo nos próximos dias é improvável, dadas as profundas discordâncias em questões como o futuro do programa de enriquecimento de urânio do Irã.

"A América não pode negar o papel do Irã na luta contra o terrorismo", disse Rouhani. Os dois lados estabeleceram o prazo de 24 de novembro para firmar um acordo de longo prazo que daria fim às sanções contra Teerã, em troca da desaceleração de seu programa nuclear.

"As negociações vão incluir muitas coisas, se conseguiremos atingir um acordo final ou não", disse. "Eu acredito que ambos os lados chegaram à conclusão que a continuação da atual condição não beneficia ninguém... então por que não dar passos para conseguir o acordo?".

Ele pareceu sugerir que as relações com os Estados Unidos haviam melhorado apesar de suas diferenças, e até se nenhum acordo final for atingido, o processo de negociação, que era inconcebível há dois anos atrás, teve relações alteradas.

"Isso não significa que iremos retroceder ao que era antes", disse. "O terreno estará limpo para mais cooperação caso a questão nuclear seja resolvida".

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