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Acordo do Brexit é possível em até 48 horas, diz vice de May

O vice da primeira-ministra britânica afirmou que está "cautelosamente otimista" com um acordo entre a União Europeia e o Reino Unido nos próximos dias

Brexit: a UE quer a aprovação de um esboço do acordo no máximo até o final de quarta-feira (Toby Melville/Reuters)
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Reuters

Publicado em 13 de novembro de 2018 às 11h36.

Última atualização em 13 de novembro de 2018 às 11h37.

Londres - O Reino Unido e a União Europeia estão muito próximos de um acordo para o Brexit , que pode ser fechado nas próximas 24 a 48 horas, disse o vice da primeira-ministra britânica, Theresa May, nesta terça-feira.

"Ainda não chegamos lá", disse o ministro-chefe do gabinete britânico e vice de May, David Lidington, à rádio BBC. "Está quase ao alcance das mãos agora. A primeira-ministra disse que não pode ser um acordo a qualquer preço".

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Quando indagado se estava dizendo que é possível se chegar a um pacto nas próximas 24 a 48 horas, ele respondeu: "Ainda é possível, mas não definitivo, acho que resume tudo. Cautelosamente otimista".

Enquanto as autoridades planejam a maior desfiliação da história do bloco, ainda não está claro se May conseguirá a aprovação de um acordo no Parlamento para o futuro pós-Brexit, uma vez que opositores alertaram que ela está traindo a separação ao submeter o Reino Unido ao jugo da UE.

A libra subiu meio por cento e chegou a 1,2917 dólar após os comentários de Lidington.

A UE quer a aprovação de um esboço do acordo no máximo até o final de quarta-feira para poder realizar uma cúpula neste mês para chancelá-lo. Alguns diplomatas do bloco disseram não ter muita esperança de um avanço nesta semana.

Bruxelas e Londres precisam de um acordo para manter o fluxo comercial entre o maior bloco comercial e a quinta maior economia nacional do mundo, mas May tem tido dificuldade para desfazer quase 46 anos de filiação sem prejudicar o comércio ou contrariar os parlamentares que decidirão o futuro de qualquer pacto.

Faltando menos de cinco meses para a separação, a chamada solução emergencial para a Irlanda do Norte continua sendo a principal pendência. A medida é uma apolice de seguro para evitar a reinstauração de controles na fronteira entre a Irlanda do Norte, uma província britânica, e a Irlanda, membro do bloco, se um futuro relacionamento comercial não for acertado a tempo.

Indagado se o Reino Unido poderia ficar preso a uma solução emergencial contra sua vontade, Lidington respondeu: "A primeira-ministra disse várias vezes, se a solução emergencial chegar a ser usada --não queremos que seja usada-- está claro que será algo temporário, não indefinido".

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