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Acordo de paz incluirá saída de 20% de colonos israelenses

Acordo de paz entre Israel e Palestina que secretário de Estado americano negocia inclui a retirada de cerca de 20% dos colonos da Cisjordânia, segundo jornal

Secretário de Estado americano, John Kerry: Kerry negocia discretamente com palestinos e israelenses desde o ano passado um acordo (Andrew Harrer/Bloomberg)

Secretário de Estado americano, John Kerry: Kerry negocia discretamente com palestinos e israelenses desde o ano passado um acordo (Andrew Harrer/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2014 às 08h36.

Jerusalém - O acordo de paz entre Israel e Palestina que o secretário de Estado americano, John Kerry, está negociando inclui a retirada de cerca de 20% dos colonos da Cisjordânia, além de compensações para os palestinos expulsos em 1948, informou nesta sexta-feira o jornal digital "Ynet".

A publicação israelense se baseia em detalhes de um encontro mantido pelo enviado especial da Casa Branca para a paz no Oriente Médio, Martin Indyk, com líderes judeus americanos.

"Indyk frisou que em torno de 75% ou 85% dos colonos judeus terão permissão para ficar em suas casas na Cisjordânia como parte de uma troca de terras com os palestinos, sustentada na linha verde traçada em 4 de junho de 1967", segundo o "Ynet".

O jornal não deu detalhes de quando e onde a reunião foi realizada e afirmou que a decisão sobre quais colonos não serão evacuados será tomada durante a negociação do acordo definitivo.

Logo após a publicação da informação, Dani Dayan, representante do Yesha Council -organização que aglutina as colônias judias na Cisjordânia- criticou as palavras atribuídas a Indyk, que não confirmou ao jornal a veracidade dos números divulgados.


"Seu visão sobre os judeus da Judéia e Samaria é extremamente enganosa. Quando fala de 80% está incluindo Jerusalém Oriental. Isso significa o despejo forçado de 150 mil israelenses, algo que é moralmente repugnante e inaceitável", afirmou Dayan por meio de um comunicado.

O futuro dos assentamentos na Cisjordânia foi o tema central do debate político israelense nas últimas semanas e inclusive desencadeou um duro enfrentamento entre o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Economia, Naftali Bennett.

Líder de um partido ultradireitista, Bennett precisou se desculpar após criticar a possibilidade de Netanyahu aceitar um acordo que inclua a soberania palestina sobre as colônias.

Na quinta-feira, outro membro da ala mais conservadora do gabinete, o ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, afirmou que "não há intenção de deixar nenhum assentamento israelense sob soberania palestina".

Kerry negocia discretamente com palestinos e israelenses desde o ano passado um acordo que propicie o diálogo final. Os termos do pacto podem ser revelados nas próximas semanas.

Segundo o "Ynet", o acordo incluirá o reconhecimento mútuo, acordos de segurança e compensações tanto para os árabes expulsos em 1948 como para os judeus que tiveram abandonar os países árabes nos quais viviam após a criação de Israel.

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