Presidente dos EUA Barack Obama: "Após duas décadas de negociações, os EUA, juntos com nossos aliados internacionais, alcançaram algo que décadas de hostilidade não conseguiram" (REUTERS/Gary Cameron)
Da Redação
Publicado em 14 de julho de 2015 às 10h46.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira que o acordo firmado entre Grupo 5+1 e Irã sobre o programa nuclear iraniano "não é baseado na confiança, mas na verificação" e alertou ao Congresso americano que vetará qualquer projeto de lei que impeça a aplicação do pacto.
"Após duas décadas de negociações, os EUA, juntos com nossos aliados internacionais, alcançaram algo que décadas de hostilidade não conseguiram: um acordo integral a longo prazo com o Irã que evitará que (os iranianos) fabriquem uma arma nuclear", declarou à imprensa.
"Este acordo não está baseado na confiança, mas na verificação", ressaltou o líder, que destacou que o pacto cortou todas as vias possíveis para que o Irã obtenha armamento nuclear.
Após quase dois anos de negociações, Irã e o G5+1 (EUA, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha) anunciaram nesta terça-feira em Viena que chegaram a um acordo para limitar o programa atômico iraniano e impedir o país de produzir armas, enquanto se suspendem as sanções que pesam sobre a economia desse país.
Obama lembrou que os inspetores terão acesso às instalações nucleares do Irã e que se o país "violar o acordo, todas as sanções" que os EUA suspender gradualmente ao longo dos próximos anos "voltarão a ser implementadas".
"Há um incentivo muito claro para que o Irã cumpra (o acordo) e há consequências muito reais em caso de violação", lembrou.
O presidente americano afirmou que o Congresso de seu país, controlado por uma oposição republicana cética em relação às negociações com o Irã, "terá agora uma oportunidade de revisar os detalhes" do acordo.
No entanto, disse que vetará qualquer projeto de lei que chegar à sua mesa com o objetivo de impedir a implementação do acordo nuclear com Teerã.
"Não ter um acordo significa uma maior probabilidade de guerras no Oriente Médio", alertou Obama aos legisladores.