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Acidente da Chevron é alerta para o pré-sal

Segundo especialista, um país que vai ser líder absoluto em produção de petróleo em alto mar tem que ter liderança tecnológica para enfrentar vazamentos

Estefen: “Nós não podemos entrar em estado de perplexidade, a cada novo vazamento” (OSCAR CABRAL)

Vanessa Barbosa

Publicado em 23 de novembro de 2011 às 15h32.

São Paulo – Se havia alguma dúvida sobre a capacidade do Brasil em conter um acidente com petróleo em alto mar, ela foi dissipada nas duas últimas semanas com o vazamento de óleo no campo de Frade, operado pela Chevron. Todo o imbróglio em torno do caso, começando pelas informações contraditórias, tentativa de omissão de dados, demora em agir entre outras coisas, corrobora um fato perturbante: o Brasil ainda não está preparado para evitar nem controlar um vazamento de óleo de grandes proporções.

Para o diretor de tecnologia e inovação da Coppe/UFRJ, Segen Estefen, um país que vai ser líder absoluto em produção de petróleo em alto mar tem que ter liderança tecnológica para enfrentar acidentes. “Nós não podemos entrar em estado de perplexidade, a cada novo vazamento”, condenou.

A incidência de episódios similares, segundo o especialista, deverá aumentar devido à exploração do pré-sal , que oferece maiores dificuldades técnicas pela profundidade e características de rochas diferentes das que as operadoras estão acostumadas a lidar. As peculiaridades geológicas da camada pré-sal são um desafio até mesmo para a Petrobras, empresa referência em perfuração em águas profundas, segundo um estudo recente.

Estefen defende a criação de um órgão independente para monitoramento constante das operações petrolíferas offshore. No caso de um acidente, esse comitê seria responsável por realizar o diagnóstico do vazamento e acionar a ANP, o Ibama e a Marinha. “Dessa forma, o governo não ficaria dependente das informações repassadas pela operadora do campo”, afirmou. “Nessa empreitada, o Brasil não pode abrir mão do apoio técnico científico”.

Mais, a ideia é que esse comitê independente realize estudos permanentes sobre as questões tecnológicas presentes em cada etapa, da perfuração à extração, incluindo métodos de prevenção e controle. “Isso é muito barato perto das ameaças e impactos ambientais de um acidente e mesmo perto da multa que essas empresas pagarão”, diz.

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São Paulo – Se havia alguma dúvida sobre a capacidade do Brasil em conter um acidente com petróleo em alto mar, ela foi dissipada nas duas últimas semanas com o vazamento de óleo no campo de Frade, operado pela Chevron. Todo o imbróglio em torno do caso, começando pelas informações contraditórias, tentativa de omissão de dados, demora em agir entre outras coisas, corrobora um fato perturbante: o Brasil ainda não está preparado para evitar nem controlar um vazamento de óleo de grandes proporções.

Para o diretor de tecnologia e inovação da Coppe/UFRJ, Segen Estefen, um país que vai ser líder absoluto em produção de petróleo em alto mar tem que ter liderança tecnológica para enfrentar acidentes. “Nós não podemos entrar em estado de perplexidade, a cada novo vazamento”, condenou.

A incidência de episódios similares, segundo o especialista, deverá aumentar devido à exploração do pré-sal , que oferece maiores dificuldades técnicas pela profundidade e características de rochas diferentes das que as operadoras estão acostumadas a lidar. As peculiaridades geológicas da camada pré-sal são um desafio até mesmo para a Petrobras, empresa referência em perfuração em águas profundas, segundo um estudo recente.

Estefen defende a criação de um órgão independente para monitoramento constante das operações petrolíferas offshore. No caso de um acidente, esse comitê seria responsável por realizar o diagnóstico do vazamento e acionar a ANP, o Ibama e a Marinha. “Dessa forma, o governo não ficaria dependente das informações repassadas pela operadora do campo”, afirmou. “Nessa empreitada, o Brasil não pode abrir mão do apoio técnico científico”.

Mais, a ideia é que esse comitê independente realize estudos permanentes sobre as questões tecnológicas presentes em cada etapa, da perfuração à extração, incluindo métodos de prevenção e controle. “Isso é muito barato perto das ameaças e impactos ambientais de um acidente e mesmo perto da multa que essas empresas pagarão”, diz.

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