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Acampamento com 2 mil migrantes é desmantelado em Paris

Os migrantes, em sua maioria sudaneses, afegãos e eritreus - incluindo mulheres e crianças - eram retirados em ônibus


	Imigrantes: os migrantes serão levados em meia centena de ônibus a centros de acolhida na região parisiense
 (REUTERS/Laszlo Balogh)

Imigrantes: os migrantes serão levados em meia centena de ônibus a centros de acolhida na região parisiense (REUTERS/Laszlo Balogh)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2016 às 15h47.

A polícia francesa desmantelou nesta sexta-feira um acampamento provisório no norte de Paris, onde ao menos 2.000 migrantes viviam em condições deploráveis, constatou um jornalista da AFP.

Os migrantes, em sua maioria sudaneses, afegãos e eritreus - incluindo mulheres e crianças - eram retirados em ônibus.

Este acampamento já havia sido desmantelado no dia 17 de agosto. Um total de 700 pessoas foi transferida a centros de acolhida. Mas, desde então, centenas de migrantes voltaram a se instalar em barracas ou em simples colchões no chão.

"Há muitas famílias com crianças, mais que de costume. É claro que vamos nos encarregar delas", declarou à AFP a ministra francesa de Habitação, Emmanuelle Cosse, presente durante a operação.

Os migrantes serão levados em meia centena de ônibus a centros de acolhida na região parisiense.

Ibrahim, um sudanês que vivia há um mês neste acampamento, disse à AFP que queria entrar em um dos ônibus para "ir para qualquer lugar, mas não aqui. Dormir na rua é difícil. Choveu, estou cansado, quero descansar", contou.

No dia 22 de julho, cerca de 2.500 migrantes foram retirados de um acampamento localizado no norte da capital, no que representou a operação de maior envergadura deste tipo realizada até agora na capital francesa.

Para oferecer uma alternativa a estes migrantes, a prefeitura de Paris prepara um primeiro centro de acolhida no norte da capital que abrirá suas portas em meados de outubro.

O centro, exclusivamente para homens e com uma capacidade para 600 pessoas, será um lugar de passagem, onde os migrantes poderão se beneficiar de atendimento médico, ajuda psicológica e conselhos jurídicos antes de ser orientados a outras estruturas.

Outro centro para mulheres e crianças, de 350 lugares, abrirá as portas no fim do ano na periferia sul de Paris.

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