"A Suécia mudou de uma maneira muito triste", diz Assange
Assange considera que o país escandinavo já não é mais o que era antes
Da Redação
Publicado em 30 de agosto de 2012 às 17h08.
Quito - Em entrevista à dois canais de televisão latino-americanos na embaixada equatoriana em Londres, onde se encontra desde o último dia 19 de Junho, o fundador do WikiLeaks, Julian Assange , afirmou que a Suécia "mudou de uma maneira muito triste" em relação ao que era nos anos 70.
De acordo com uma antecipação da entrevista feita pelo canal equatoriano "Gama TV" e o internacional "Telesur", Assange, que recebeu de asilo diplomático do Equador e é requerido pela justiça sueca por supostos crimes sexuais, considera que o país escandinavo já não é mais o que era antes.
Como prova de tal acusação, Assange mencionou um telegrama enviado pelo embaixador dos Estados Unidos em Estocolmo no ano de 2007, intitulado "Suécia consignou a neutralidade ao cesto de lixo da história", ressaltando que Suécia "está em mais de 100 de comitês da Otan" e que suas forças se encontram "sob o comando dos EUA no Afeganistão".
O fundador do WikiLeaks também falou que a Suécia "foi o quinto na Líbia com aviões", em referência à intervenção da Otan nesse país durante a revolta contra Muammar Kadafi em 2011, e assinalou que é o país escandinavo é maior fabricante de armas per capita do mundo.
No mesmo programa do canal "Gama TV", o presidente do Equador, Rafael Correa, não quis se pronunciar sobre essas acusações de Assange.
O fundador do WikiLeaks, que já recebeu asilo político do Equador, mas não pode sair da embaixada equatoriana em Londres pela falta de um salvo-conduto por parte do governo britânico, reiterou que ele e WikiLeaks são objeto "de uma perseguição política dos Estados Unidos e de seus aliados".
Correa, por sua parte, afirmou que há "claros indícios" de que Assange sofre uma perseguição política e disse que, "em caso de uma possível extradição aos Estados Unidos, ele não possui nenhuma garantia de um devido processo".
Neste aspecto, o presidente equatoriano propõe que o Reino Unido entregue um salvo-conduto a Assange ou que a Suécia dê garantias de que não extraditará Assange aos Estados Unidos.
Nas últimas semanas, o Equador recebeu o apoio da Organização dos Estados Americanos (OEA), da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) e da União de Nações Sul-americanas (Unasul) diante da suposta "ameaça" do Reino Unido de invadir sua embaixada em Londres para prender a Assange.
"Foi uma surpresa prazerosa", afirmou Assange em relação ao apoio dos latino-americanos. "Todos na América Latina saíram para nos apoiar, inclusive grupos que, relativamente, são de direita em alguns países", completou.
Após as resoluções dos organismos regionais, Reino Unido e Equador reataram o diálogo sobre o tema, sendo que, nesta semana, o vice-presidente do equatoriano, Lenín Moreno, foi a Londres para se encontrar com o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague.
No entanto, apesar dos avanços, o presidente do Equador afirmou que a situação "pode ser resolvida amanhã, daqui a alguns meses ou anos".
Quito - Em entrevista à dois canais de televisão latino-americanos na embaixada equatoriana em Londres, onde se encontra desde o último dia 19 de Junho, o fundador do WikiLeaks, Julian Assange , afirmou que a Suécia "mudou de uma maneira muito triste" em relação ao que era nos anos 70.
De acordo com uma antecipação da entrevista feita pelo canal equatoriano "Gama TV" e o internacional "Telesur", Assange, que recebeu de asilo diplomático do Equador e é requerido pela justiça sueca por supostos crimes sexuais, considera que o país escandinavo já não é mais o que era antes.
Como prova de tal acusação, Assange mencionou um telegrama enviado pelo embaixador dos Estados Unidos em Estocolmo no ano de 2007, intitulado "Suécia consignou a neutralidade ao cesto de lixo da história", ressaltando que Suécia "está em mais de 100 de comitês da Otan" e que suas forças se encontram "sob o comando dos EUA no Afeganistão".
O fundador do WikiLeaks também falou que a Suécia "foi o quinto na Líbia com aviões", em referência à intervenção da Otan nesse país durante a revolta contra Muammar Kadafi em 2011, e assinalou que é o país escandinavo é maior fabricante de armas per capita do mundo.
No mesmo programa do canal "Gama TV", o presidente do Equador, Rafael Correa, não quis se pronunciar sobre essas acusações de Assange.
O fundador do WikiLeaks, que já recebeu asilo político do Equador, mas não pode sair da embaixada equatoriana em Londres pela falta de um salvo-conduto por parte do governo britânico, reiterou que ele e WikiLeaks são objeto "de uma perseguição política dos Estados Unidos e de seus aliados".
Correa, por sua parte, afirmou que há "claros indícios" de que Assange sofre uma perseguição política e disse que, "em caso de uma possível extradição aos Estados Unidos, ele não possui nenhuma garantia de um devido processo".
Neste aspecto, o presidente equatoriano propõe que o Reino Unido entregue um salvo-conduto a Assange ou que a Suécia dê garantias de que não extraditará Assange aos Estados Unidos.
Nas últimas semanas, o Equador recebeu o apoio da Organização dos Estados Americanos (OEA), da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) e da União de Nações Sul-americanas (Unasul) diante da suposta "ameaça" do Reino Unido de invadir sua embaixada em Londres para prender a Assange.
"Foi uma surpresa prazerosa", afirmou Assange em relação ao apoio dos latino-americanos. "Todos na América Latina saíram para nos apoiar, inclusive grupos que, relativamente, são de direita em alguns países", completou.
Após as resoluções dos organismos regionais, Reino Unido e Equador reataram o diálogo sobre o tema, sendo que, nesta semana, o vice-presidente do equatoriano, Lenín Moreno, foi a Londres para se encontrar com o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague.
No entanto, apesar dos avanços, o presidente do Equador afirmou que a situação "pode ser resolvida amanhã, daqui a alguns meses ou anos".