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A.Saudita permite saída de huthis feridos do Iêmen antes de diálogos

A iniciativa deve acelerar a organização das negociações para encerrar quatro anos de guerra, acreditam os analistas

Imagem de arquivo de soldados iemenitas: (Mohammed Huwais/AFP/AFP)

Imagem de arquivo de soldados iemenitas: (Mohammed Huwais/AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 3 de dezembro de 2018 às 09h15.

Cinquenta rebeldes huthis feridos no Iêmen devem ser transportados nesta segunda-feira a Omã em um avião fretado pela ONU, um sinal de confiança antes dos diálogos de paz, anunciou a coalizão militar liderada pela Arábia Saudita que atua no território iemenita.

A iniciativa deve acelerar a organização das negociações para encerrar quatro anos de guerra, acreditam os analistas.

A questão da retirada dos insurgentes feridos provocou o fracasso dos diálogos de setembro em Genebra. Os huthis acusaram a Arábia Saudita, que controla o espaço aéreo iemenita, de ter impedido a saída dos feridos e de não ter apresentado as garantias necessárias para que a delegação rebelde viajasse em segurança.

O coronel saudita Turki Al Maliki, porta-voz da coalizão que luta contra os rebeldes, anunciou em um comunicado que a autorização desta segunda-feira atende a um pedido do mediador da ONU para o Iêmen, o britânico Martin Griffiths, "por razões humanitárias e como uma medida para gerar confiança" antes das conversações, previstas para acontecer dentro de alguns dias na Suécia.

Um avião fretado pela ONU deve pousar na capital iemenita, Sanaa, para transportar 50 combatentes huthis feridos a Mascate, capital do sultanato de Omã. Os insurgentes serão acompanhados por três médicos iemenitas e outro da ONU.

A Arábia Saudita é acusada de representar um obstáculo para a solução do conflito no Iêmen, mas o coronel Maliki destacou que a coalizão apoia os esforços de Griffiths "para alcançar uma solução política", assim como as medidas humanitárias para aliviar o sofrimento da população.

Desde março de 2015, os combates no Iêmen deixaram quase 10.000 mortos e mais de 56.000 feridos. Diversas ONGs acreditam que o balanço real é muito mais elevado.

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