WASHINGTON: os Estados Unidos se preparam para receber Trump como presidente, num evento que será marcado por protestos / Mark Wilson/Getty Images
Da Redação
Publicado em 19 de janeiro de 2017 às 05h48.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h17.
Os Estados Unidos se preparam para receber Donald Trump como presidente de facto. O evento só começa amanhã, mas desde já a cidade de Washington, os apoiadores e os detratores do presidente eleito começam a se mobilizar.
São estimados entre 800.000 e 900.000 pessoas no evento, bem menos do que na posse de Barack Obama, que recebeu 1,8 milhão de pessoas em 2009, causando um caos no trânsito ao redor de Washington. Desse montante, é esperado que um grande grupo seja de manifestantes — o governo concedeu 22 permissões para grupos de manifestantes. O normal é que meia dúzia de grupos proteste no dia da posse.
Alguns dos protestos são esperados para seguir semana adentro. Um dos maiores, a Marcha das Mulheres, acontece no sábado e espera receber mais de 200.000 pessoas, além de eventos paralelos em 616 outras cidades do mundo, em protesto “contra a maneira como as mulheres foram tratadas durante a campanha”.
Do outro lado, um grupo chamado “Motociclistas por Trump”, que cresceu durante a campanha e ficou conhecido por fazer o corpo-a-corpo nos eventos, deve levar 5.000 pessoas a Washington para ser “uma parede entre os manifestantes e o espectadores da inauguração”. O próprio Trump anunciou a chegada dos motociclistas em sua conta no Twitter. A disparidade contrastante entre os grupos atesta para uma disputa que divide uma nação com um presidente eleito com 304 votos eleitorais e menos da metade do voto popular.
Trump também tem estado em pé de guerra com a imprensa. Não foram poucas as vezes que o presidente a chamou de “a mídia desonesta”, pegou um ou outro veículo para Cristo ou baniu repórteres da cobertura de sua campanha por não concordar com as matérias. Em todo o país, apenas seis jornais endossaram sua candidatura. Amanhã, Trump assume os Estados Unidos, mas boa parte da nação reluta em aceitá-lo como presidente.