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6 são hospitalizados na Espanha para combater o ebola

A taxa de mortalidade do vírus ebola é de 70%, embora caia superados os 15 dias após o aparecimento dos primeiros sintomas


	Ambulância na Espanha: dos seis internados, quatro têm sintomas, e três são viajantes
 (Reuters TV/Reuters)

Ambulância na Espanha: dos seis internados, quatro têm sintomas, e três são viajantes (Reuters TV/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2014 às 19h31.

Seis pessoas foram hospitalizadas nesta quinta-feira na Espanha, seguindo o protocolo contra o ebola, entre elas um missionário com febre, que chegou da Libéria e seria isolado, enquanto a única doente oficial apresenta sinais de melhora.

Dos seis internados, quatro têm sintomas, e três são viajantes: um delegado da Cruz Vermelha em Serra Leoa, que voltou para a Espanha em 9 de outubro, após ter assistido a doentes de ebola; o missionário com febre; e um passageiro vindo da Nigéria.

O quarto esteve no entorno da auxiliar de Enfermagem Teresa Romero, a única doente.

Segundo as autoridades, outras duas pessoas que estiveram em estreito contato com o delegado da Cruz Vermelha também foram postas em quarentena, mas não apresentam sintomas.

Em questão de horas, os alertas de ebola se sucederam na Espanha.

O mais recente foi a chegada de um missionário vindo da Libéria e pertencente à mesma ordem dos dois religiosos espanhóis repatriados com ebola, em agosto e setembro. Os dois morreram vítimas da doença.

O religioso seria hospitalizado esta noite no Hospital Carlos III, onde se concentram os casos de ebola em Madri.

O homem, "membro da ordem de São João de Deus", chegou da Libéria em 11 de outubro e apresenta febre - informou em um comunicado o comitê governamental criado para combater a doença na Espanha.

Antes, um voo da Air France, procedente de Paris, alertou para um passageiro da Nigéria com tremores, razão pela qual o avião foi conduzido para uma área do aeroporto madrileno. Lá, uma equipe médica se encarregou do potencial doente, que foi levado para o hospital Carlos III.

Os demais passageiros deixaram a aeronave, que foi desinfectada.

Simultaneamente, em Santa Cruz de Tenerife, no arquipélago das Canárias, também foi ativado o protocolo de alerta por causa de um homem, vindo de Serra Leoa em 8 de outubro e que tinha febre superior a 37,6°C.

O caso foi considerado "de alto risco" pelas autoridades regionais canárias nesta quinta-feira. Outras duas pessoas próximas dele foram hospitalizadas por precaução, mas não têm febre.

Um pouco mais tarde, por volta das 12h30 GMT (9h30 no horário de Brasília), outra pessoa com febre e que tinha estado em contato com a técnica de Enfermagem Teresa Romero, o primeiro caso de contágio do vírus fora da África, também foi internada no Carlos III.

De acordo com as autoridades, o estado de saúde de Teresa está melhorando.

"A carga viral parece que está diminuindo", afirmou Fernando Simón, membro do comitê interministerial, destacando que "a carga viral ainda não é zero".

"Fala devagar, mas raciocina perfeitamente. Ela se orienta bem", declarou uma fonte do Carlos III, ressaltando a necessidade de prudência, já que a paciente permanece em estado "grave".

A taxa de mortalidade do vírus ebola é de 70%, embora caia superados os 15 dias após o aparecimento dos primeiros sintomas. Teresa Romero superou o limite nesta quinta-feira.

A enfermeira, de 44 anos, deu entrada em 6 de outubro. Ela apresentou sintomas em 29 de setembro, ou seja, quatro dias depois de ter ajudado um religioso repatriado com ebola de Serra Leoa, falecido em 25 de setembro.

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