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5 projeções para 2012 (incluindo o desmanche da zona do euro)

Para consultoria britânica, até o fim do ano, pelo menos uma nação deixará a União Europeia

Economista do Cebr diz que há 99% de chance da União Europeia se desintegrar até o fim da década (Thomas Coex/AFP)

Economista do Cebr diz que há 99% de chance da União Europeia se desintegrar até o fim da década (Thomas Coex/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2012 às 15h38.

São Paulo – Pelo menos uma nação deve deixar a zona do euro em 2012, segundo projeções do Centro para pesquisas em Economia e Negócios (Cebr, na sigla em inglês).

Esta é apenas uma entre cinco projeções pouco otimistas para a economia mundial feitas por Douglas McWilliams, economista chefe da consultoria britânica. Para ele, mesmo enfrentando sérias dificuldades, os Estados Unidos serão a grande estrela da economia ocidental em 2012.

2012 é o ano em que o euro começa a falir

A equipe do Cebr calcula uma probabilidade de 60% de que o desmanche na zona do euro comece em 2012. Os analistas da consultoria britânica apostam em uma chance de 99% de o bloco deixar de existir até o fim da década.

Recessão severa atinge o ocidente

O PIB da zona do euro vai encolher em 2012, independente de como o bloco lide com a atual crise. Na melhor das hipóteses, segundo McWilliams, a queda será de 0,6%, podendo chegar a 2% em um cenário mais sombrio.


EUA serão a estrela da economia ocidental

O Cebr estima que os Estados Unidos vão crescer apenas 2% em 2012, mas este será o único motivo pelo qual o país não poderá se gabar ao longo do ano. “Dois fatores vão impulsionar o crescimento da economia americana: a força da rentabilidade de seu mercado financeiro e as aplicações da tecnologia”, diz McWilliams. Segundo o economista, a internet vai permitir que o país explore ao máximo sua capacidade econômica.

A "bicicleta asiática" vai perder embalo

Em 2012 algumas rachaduras vão aparecer na estrutura até agora inabalável de sucesso econômico de alguns países asiáticos. De acordo com o Cebr, a China vai crescer cerca de 7%, e a Índia, 6%. “Isto para eles é uma recessão. Queria que tivéssemos esta sorte”, afirma McWilliams. 

O economista explica que as economias emergentes na Ásia se comportam como uma bicicleta. “Elas precisam de um ganho de velocidade constante até atingir a estabilidade. Os sistemas políticos e econômicos na Ásia são baseados no rápido crescimento, e mesmo uma desaceleração modesta, como a que prevemos, pode levar ao descontentamento da população. Esta é uma situação contornável, mas não sem alguma dose de repressão.”

Possível nacionalização de bancos alemães e franceses

"Acho provável que muitos bancos da França e da Alemanha sejam socorridos para compensar as perdas destes países com seus problemas de dívida soberana. Estes bancos poderiam até ser nacionalizados”, diz McWilliams. O economista alerta, entretanto, que muitos bancos europeus vão mergulhar na crise.

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