Fed sobe juros

O conselho do Fed, banco central americano, decidiu aumentar a taxa de juro do país pela segunda vez nos últimos três meses. Com a decisão, os juros ficam entre 0,75% e 1% — antes estava entre 0,5% e 0,75%. Esse é o primeiro dos três aumentos planejados para 2017. O Fed justificou a decisão pelos bons números do mercado de trabalho — que tem desemprego abaixo de 5%, próximo do chamado “emprego pleno” — e da inflação em 2,7%, um pouco acima da meta de 2%. Em comunicado, a instituição disse acreditar que a atividade econômica dos Estados Unidos vai continuar avançando num “ritmo moderado”.

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Russos no Yahoo?

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou dois hackers e dois agentes do serviço de inteligência russo, a FSB, como responsáveis pela invasão dos sistemas da companhia de serviços de internet Yahoo em 2014. É a primeira vez que os Estados Unidos processam legalmente cidadãos russos por suspeitas de hack. Na ocasião, o caso afetou dados de mais de 500.000 usuários. Segundo as autoridades, os espiões russos “protegeram, dirigiram e pagaram hackers criminosos” com o objetivo de obter informações confidenciais de jornalistas americanos e russos, de membros do governo e de serviços financeiros. Além do episódio de 2014, outro vazamento de dados já havia afetado 1 bilhão de usuários em 2013, mas ainda não se sabe se as invasões têm relação.

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A espionagem de Obama

Enquanto os russos são acusados de espionar o Yahoo, o presidente americano, Donald Trump, acusa o ex-presidente Barack Obama de grampear os telefones da Trump Tower, sede do grupo comercial do presidente. Nesta quarta-feira, o presidente da Comissão de Inteligência da Câmara, o republicano Devin Nunes, disse que “não há nenhuma evidência de que isso aconteceu”. A acusação contra Obama foi feita por Trump no início do mês, quando o presidente afirmou que o antecessor pediu ao Departamento de Justiça que o espionasse por desconfiar de seus laços com a Rússia. O Departamento de Justiça ainda não se pronunciou sobre o caso.

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Sem ajuda da Turquia

O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, disse que o governo do país está “reavaliando” um acordo de refugiados feito com a União Europeia, em que receberia de volta aqueles que tivessem entrado ilegalmente na União Europeia — em troca, a UE daria aos turcos ajuda de 6 bilhões de euros e facilitaria as conversas para admissão da Turquia como membro da UE. A rejeição de Ancara ao acordo vem após uma semana tensa: um comício de dois ministros turcos sobre a reforma constitucional do país foi proibido na Holanda no fim de semana, e o caso fez com que a Turquia rompesse relações diplomáticas com a Holanda e ameaçasse impor sanções aos holandeses.

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Derrota do Trump holandês

Ainda sobre a Holanda, as eleições parlamentares do país aconteceram nesta quarta-feira e pesquisas de boca de urna dão a vitória para o atual primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, do centro-liberal Partido Popular pela Liberdade e a Democracia (VVD). O principal concorrente de Rutte era o candidato de extrema-direita, Geert Wilders, do Partido pela Liberdade (PVV) – visto como uma espécie de Trump holandês, por prometer proibir o acesso de imigrantes muçulmanos ao país e fechar mesquitas. Após votar pela manhã, Rutte disse que uma “grande democracia” como a Holanda tem chance de “levantar sua voz” contra “esse tipo errado de populismo”. Outro que saiu fortalecido do pleito foi o Partido-Verde, de centro-esquerda, que deve passar das atuais 4 para 16 cadeiras.

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O sucessor de Park

O presidente em exercício da Coreia do Sul, o primeiro-ministro Hwang Kyo-ahn, anunciou que não vai concorrer à Presidência nas eleições marcadas para maio de 2017. Kyo-ahn assumiu após o impeachment da ex-presidente Park Geun-hye, retirada do cargo oficialmente na última sexta-feira por sua participação num escândalo de corrupção envolvendo a Samsung, maior empresa do país. A princípio, as eleições aconteceriam em dezembro, mas foram antecipadas. Acusada de favorecer a Samsung em decisões governamentais, Park será interrogada pela Justiça no próximo dia 21. O presidente da Samsung, Jay Y. Lee, também está sendo processado.

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Estados Unidos na Síria

No dia em que a guerra civil síria completa seis anos, o Pentágono anunciou que cogita enviar 1.000 homens para “agilizar a destruição” do grupo terrorista Estado Islâmico no país. O alvo é são as operações do EI na cidade de Raqqa, um dos principais redutos do grupo. Nas últimas semanas, os Estados Unidos também já enviaram reforços da Marinha. O conflito sírio começou durante a Primavera Árabe em 2011, quando civis e grupos de oposição tentaram derrubar o presidente Bashar al-Assad, mas seus desdobramentos levaram a uma guerra civil que gerou mais de 5 milhões de refugiados e propiciou o surgimento do Estado Islâmico. Representantes de grupos rebeldes e de Assad conversam com a ONU para encerrar oficialmente o conflito.