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203 caixões já foram recebidos, diz premiê da Holanda

O primeiro-ministro da Holanda informou que o país já recebeu 203 caixões com restos das vítimas do avião que caiu no leste da Ucrânia

Caixão com vítima do avião que caiu na Ucrânia é carregado, na Holanda (Mischa Rapmund/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2014 às 09h50.

Bruxelas - O primeiro-ministro da Holanda , Mark Rutte, informou nesta sexta-feira ao parlamento de seu país que já receberam 203 caixões com restos das vítimas do derrubamento do avião comercial malásio há uma semana em território da Ucrânia controlado por separatistas pró-russos.

Rutte, que compareceu perante o comitê das Relações Exteriores da câmara pela segunda vez nesta semana, precisou aos deputados que "foram recebidas 203 bolsas de transporte de corpos, mas isso não significa que sejam 203 corpos", segundo as imagens retransmitidas ao vivo pela rede de televisão "NOS".

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Dois aviões militares da Holanda e Austrália, os dois países com mais vítimas nessa tragédia aérea ocorrida há uma semana e que custou a vida de 193 holandeses, começaram na quarta-feira a transportar os restos das vítimas desde o aeroporto de Kharkiv, sob controle da Ucrânia.

Os aviões que saíram nesta manhã do aeroporto chegarão por volta das 10h45 (em Brasília) à base aérea de Eindhoven (sul), onde após celebrar uma cerimônia de homenagem, serão transportados via estrada até a base de Hilversum, onde será realizado o processo de identificação dos restos por uma equipe legista, uma tarefa que pode demorar semanas ou meses.

Em seu comparecimento parlamentar Rutte disse também que seu governo vai enviar 40 policiais nacionais não armados e 23 especialistas legistas a mais ao local do desastre para participar junto à equipe legista desdobrada na busca de mais restos, informou a rede "ANP".

A Holanda e Austrália querem desdobrar uma missão policial e militar na zona do desastre com o apoio da ONU para a recuperação de todos os restos.

Ambos países preparam um projeto de resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que ampare o envio de dita missão internacional.

O Executivo de Rutte procura que uma força composta por soldados da Polícia, da Polícia Militar e do Exército ajude no terreno nos trabalhos de recuperação de todos os restos humanos que ficaram na zona.

Os deputados perguntaram a Rutte pela possível imposição de sanções à Rússia por parte da União Europeia (UE), uma possibilidade que os vinte E oito não descartam pela praticamente nula cooperação de Moscou à redução das tensões na região, mas não por seu suposto envolvimento no derrubamento do avião comercial malásio.

O parlamentar do Partido Liberal (VVD) Johannes ten Broeke ressaltou que os países que são "indiretamente responsáveis pelo conflito, terão de sofrer as consequências de seu comportamento".

Por sua parte, Kees Van der Staaij, do partido reformista SGP, agradeceu o trabalho do governo desde que aconteceu o desastre e avaliou que "mantive a cabeça fria".

Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores holandês, Frans Timmermans, junto a sua colega australiana, Julie Bishop, seguem na cidade ucrânia de Kharkiv com as equipes legista de ambos países.

"O que vi aqui não poderei esquecer nunca. Minha gratidão aos que trabalham aqui" no recolhimento dos restos humanos que ainda estão na zona do desastre, apontou hoje Timmermans em mensagem no "Facebook".

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