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20 estrangeiras querem investir em petróleo, diz Sinaval

Entre elas estão a italiana Pellegrini, a americana Raytheon e a britânica Rolls Royce

Funcionários da Petrobras na Bacia de Campos: o adiamento de leilões vem desapontando os investidores (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2012 às 20h47.

Rio de Janeiro - Cerca de 20 empresas estrangeiras já mostraram ao Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) interesse de se instalar no Brasil ou de ampliar investimentos no país de olho na demanda do pré-sal, segundo o vice-presidente-executivo da entidade, Franco Papini. Estão entre elas a italiana Pellegrini, a americana Raytheon e a britânica Rolls Royce. As empresas querem atuar como fornecedores da Petrobras e demais petroleiras no país.

"Recebemos mais de 20 delegações", disse Papini nesta segunda-feira em entrevista à imprensa, confirmando informações adiantadas pela Agência Estado na semana passada.

Segundo Papini, geradores, propulsores e bombas, que antes eram importados, ganharam escala para fabricação no país com a demanda da Petrobras e do pré-sal. Outros itens, como determinados tipos de hélices, não justificam a produção nacional por demandar investimentos altos demais para um mercado restrito. "Em alguns casos há um ou dois fornecedores no mundo para o equipamento, não compensa fabricar aqui", afirmou.

O Sinaval é uma das entidades por trás de grupos de trabalho montados no setor de petróleo para encontrar e driblar gargalos, de forma a viabilizar a montagem de uma indústria de petróleo nacional. As iniciativas setoriais fazem parte da estratégia de conteúdo local do governo e da Petrobras.

A Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) também fazem parte de discussões setoriais, que serão encaminhadas à Petrobras e ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

No caso do Sinaval, a entidade ficou encarregada de estabelecer uma estratégia de contratação que viabilize a instalação de empresas estrangeiras no Brasil para itens ainda não fabricados no país. "Se já atingimos 60% (de conteúdo local), isso é página virada. Vamos buscar os 40% que faltam", declarou Papini, ressalvando que, em alguns casos serão mantidas as importações, como no caso de equipamentos com pouca escala.

O Sinaval fez no segundo semestre de 2011 um amplo levantamento sobre a produção nacional de navios petroleiros, navios de apoio e FPSOs. Agora estenderá o trabalho para sondas de perfuração. A pesquisa será entregue à Petrobras e ao MDIC e auxiliarão ambos a reforçar suas estratégias de conteúdo local.


"Existem alguns itens que vão poder ter o conteúdo local elevado, sim", confirmou Papini, sobre o possível efeito do estudo nas metas de conteúdo local da Petrobras.

Papini informou que foram encontradas taxas de conteúdo local médias de 70% para navios petroleiros, de 61% para navios de apoio e de 63% para plataformas FPSO. A participação dos fornecimentos locais no valor total de navios e plataformas está em média em 64% nesses três grupos.

O Sinaval identificou, por exemplo, que motores de grande porte para os quais não há escala de produção no Brasil podem ter seu conteúdo local elevado de zero para 50% a 60%, em três ou quatro anos, se forem montados no país. Periféricos podem ser produzidos nacionalmente, e o próprio serviço de montagem ou o pagamento de impostos entram na conta. O mesmo acontece para bombas de grande porte.

O setor busca a criação de metas específicas de conteúdo local pelo governo e Petrobras, de forma a beneficiar fornecedores com maior índice de produção nacional. No lugar de metas globais para navios de apoio, por exemplo, estuda-se o detalhamento de exigências por itens.

Também são estudadas formas de estímulo via descontos em taxas de financiamento do BNDES, que repassa recursos do Fundo da Marinha Mercante.

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Rio de Janeiro - Cerca de 20 empresas estrangeiras já mostraram ao Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) interesse de se instalar no Brasil ou de ampliar investimentos no país de olho na demanda do pré-sal, segundo o vice-presidente-executivo da entidade, Franco Papini. Estão entre elas a italiana Pellegrini, a americana Raytheon e a britânica Rolls Royce. As empresas querem atuar como fornecedores da Petrobras e demais petroleiras no país.

"Recebemos mais de 20 delegações", disse Papini nesta segunda-feira em entrevista à imprensa, confirmando informações adiantadas pela Agência Estado na semana passada.

Segundo Papini, geradores, propulsores e bombas, que antes eram importados, ganharam escala para fabricação no país com a demanda da Petrobras e do pré-sal. Outros itens, como determinados tipos de hélices, não justificam a produção nacional por demandar investimentos altos demais para um mercado restrito. "Em alguns casos há um ou dois fornecedores no mundo para o equipamento, não compensa fabricar aqui", afirmou.

O Sinaval é uma das entidades por trás de grupos de trabalho montados no setor de petróleo para encontrar e driblar gargalos, de forma a viabilizar a montagem de uma indústria de petróleo nacional. As iniciativas setoriais fazem parte da estratégia de conteúdo local do governo e da Petrobras.

A Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) também fazem parte de discussões setoriais, que serão encaminhadas à Petrobras e ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

No caso do Sinaval, a entidade ficou encarregada de estabelecer uma estratégia de contratação que viabilize a instalação de empresas estrangeiras no Brasil para itens ainda não fabricados no país. "Se já atingimos 60% (de conteúdo local), isso é página virada. Vamos buscar os 40% que faltam", declarou Papini, ressalvando que, em alguns casos serão mantidas as importações, como no caso de equipamentos com pouca escala.

O Sinaval fez no segundo semestre de 2011 um amplo levantamento sobre a produção nacional de navios petroleiros, navios de apoio e FPSOs. Agora estenderá o trabalho para sondas de perfuração. A pesquisa será entregue à Petrobras e ao MDIC e auxiliarão ambos a reforçar suas estratégias de conteúdo local.


"Existem alguns itens que vão poder ter o conteúdo local elevado, sim", confirmou Papini, sobre o possível efeito do estudo nas metas de conteúdo local da Petrobras.

Papini informou que foram encontradas taxas de conteúdo local médias de 70% para navios petroleiros, de 61% para navios de apoio e de 63% para plataformas FPSO. A participação dos fornecimentos locais no valor total de navios e plataformas está em média em 64% nesses três grupos.

O Sinaval identificou, por exemplo, que motores de grande porte para os quais não há escala de produção no Brasil podem ter seu conteúdo local elevado de zero para 50% a 60%, em três ou quatro anos, se forem montados no país. Periféricos podem ser produzidos nacionalmente, e o próprio serviço de montagem ou o pagamento de impostos entram na conta. O mesmo acontece para bombas de grande porte.

O setor busca a criação de metas específicas de conteúdo local pelo governo e Petrobras, de forma a beneficiar fornecedores com maior índice de produção nacional. No lugar de metas globais para navios de apoio, por exemplo, estuda-se o detalhamento de exigências por itens.

Também são estudadas formas de estímulo via descontos em taxas de financiamento do BNDES, que repassa recursos do Fundo da Marinha Mercante.

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