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Caos e cheiro de gás dominam a Cidade do México após terremoto

O sismo, de 7,1 graus de magnitude na escala Richter, derrubou pelo menos 44 edifícios da cidade provocando vazamentos de gás nas ruas

Terremoto: as equipes de resgate continuam tentado tirar os cidadãos presos sob os escombros (Claudia Daut/Reuters)

Terremoto: as equipes de resgate continuam tentado tirar os cidadãos presos sob os escombros (Claudia Daut/Reuters)

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EFE

Publicado em 19 de setembro de 2017 às 21h50.

Última atualização em 19 de setembro de 2017 às 22h29.

Cidade do México - Milhares de pessoas atemorizadas saíram às ruas da Cidade do México nesta terça-feira com os rostos consternados e um persistente cheiro de gás após o forte terremoto que causou mais de 130 mortes e destruiu dezenas de edifícios.

O sismo, de 7,1 graus de magnitude na escala Richter, derrubou pelo menos 44 edifícios da cidade provocando vazamentos de gás nas ruas e um forte odor que incomodava os cidadãos, que ainda assim chegavam com cordas, roupas e água para ajudar às equipes de resgate.

As pessoas se amontoaram junto aos edifícios derrubados, cobrindo os rostos com as suas mãos por causa do forte cheiro de gás, enquanto perguntavam por seus familiares desaparecidos.

As autoridades fecharam as ruas e pediram com seus megafones para que as pessoas esvaziassem as ruas e se abrigassem nos parques, hoje mais do que nunca pulmões em uma cidade histérica.

Enquanto isso, os helicópteros voavam em baixa altura coordenando os trabalhos das autoridades, que chegavam em grande quantidade aos locais de extrema destruição.

Juli, uma mulher de meia idade com o rosto e os ombros manchados pelos escombros, contou à Agência Efe aterrorizada como sobreviveu ao desabamento de um edifício.

"Estávamos dentro, em um curso de micropigmentação, quando começou a tremer. Estávamos no quinto andar e tudo começou a se mover", relatou a mulher, visivelmente afetada, esforçando-se para respirar por causa do gás.

"Começou a cair todo o edifício e nos arrastamos como pudemos para sair, porque tudo estava coberto de terra e de pó", acrescentou.

Por sua vez, Beatriz Pérez mostrava a sua preocupação pelo estado da sua filha.

"Quando cruzei a rua tudo era fumaça e disse 'Meu Deus, esse é o edifício da minha filha'. Estão enterrados ali", disse, se referindo à sua filha e ao marido dela.

"Tenho certeza que estão debaixo da escrivaninha... Eu os conheço, quando há tremores, eles se escondem ali", completou.

Nesse momento as equipes de resgate continuam tentado tirar os cidadãos presos sob os escombros. A cada momento que tiravam alguém, as pessoas amontoadas ao redor aplaudiam esperançosas.

Outras, no entanto, continuavam desoladas esperando que se mencionasse o nome de um de seus familiares.

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