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188 mil seguem em abrigos por risco em represa na Califórnia

Ordens de retirada de cerca de 188 mil moradores continuam em vigor enquanto se avalia o risco às pessoas que vivem no vale do rio Feather

Moradores que residem abaixo da represa foram obrigados a deixar seus lares no domingo (Beck Diefenbach/Reuters)
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Reuters

Publicado em 14 de fevereiro de 2017 às 10h07.

Oroville - Dezenas de milhares de moradores do norte do Estado norte-americano da Califórnia continuavam em abrigos nesta terça-feira, enquanto engenheiros trabalham para escorar um canal de escoamento danificado e drenar o reservatório da represa mais alta dos Estados Unidos, que ficou cheio devido às chuvas, antes que novas tempestades assolem a região.

As ordens de retirada de cerca de 188 mil moradores continuam em vigor enquanto se avalia o risco às pessoas que vivem no vale do rio Feather, abaixo da represa do rio Oroville, 105 quilômetros ao norte de Sacramento, disseram autoridades.

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"Estamos fazendo tudo que podemos para deixar esta represa em forma para que eles possam voltar e viver em segurança, sem medo. É muito difícil", disse o governador da Califórnia, Jerry Brown, aos repórteres durante uma coletiva de imprensa realizada na noite de segunda-feira.

No mesmo dia, Brown enviou uma carta ao presidente dos EUA, Donald Trump, pedindo que ele emitisse uma declaração de emergência, o que liberaria assistência federal para as comunidades afetadas.

Os moradores que residem abaixo da represa foram obrigados a deixar seus lares no domingo, quando um duto de emergência que funciona como canal de escoamento automático ameaçou entrar em colapso devido a uma erosão grave durante o que caminha para ser o inverno mais úmido já registrado no norte californiano depois de anos de seca.

A represa cheia de terra fica rio acima e a oeste de Oroville, cidade de cerca de 16 mil pessoas. Situada a 230 metros de altitude, a estrutura, construída entre 1962 e 1968, é a represa mais alta do país.

As autoridades disseram ter evitado o perigo imediato de um rompimento catastrófico que poderia desencadear uma parede de água de três andares de altura sobre as cidades rio abaixo.

Na tarde de segunda-feira, equipes depositaram grandes sacolas cheias de rochas em um vão no alto do duto de emergência para reconstruir a encosta erodida.

O duto principal, que é um canal separado, também foi danificado porque parte de seu revestimento de concreto desmoronou na semana passada. Os dois dutos ficam do lado da própria represa, que não foi comprometida, disseram engenheiros.

A situação ficou menos grave no final do domingo, quando o nível das águas abaixou, deixando o duto de emergência intacto. Na segunda-feira o nível do lago diminuiu o suficiente para a água parar de transbordar pela colina.

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