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145 empresas pressionam Congresso dos EUA por ação contra armas

Em carta enviado ao Senado, líderes de corporações americanas pedem a aprovação de uma regulação mais estrita sobre as armas de fogo

Armas: o líder republicano no Senado afirmou que promoverá uma reforma sobre armas apenas se for apoiada por Trump (Yegor Aleyev/Getty Images)

Armas: o líder republicano no Senado afirmou que promoverá uma reforma sobre armas apenas se for apoiada por Trump (Yegor Aleyev/Getty Images)

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AFP

Publicado em 12 de setembro de 2019 às 14h56.

Líderes de 145 importantes corporações dos Estados Unidos pediram a aprovação de uma regulação mais estrita sobre as armas de fogo, em uma carta dirigida ao Senado americano nesta quarta-feira (11).

Os CEOs de empresas americanas - ou de companhias com "fortes interesses comerciais" nos Estados Unidos - denunciam uma "crise de saúde pública que demanda ações urgentes".

"Não fazer nada sobre a crise pela violência das armas nos Estados Unidos é simplesmente inaceitável, e é hora de se pôr de pé, ao lado do povo americano, na segurança das armas", dizem seus signatários, tomando uma posição pública após as recentes tragédias envolvendo armas, mês passado, no Texas e em Ohio.

A carta é assinada pelos CEOs de empresas como Levi Strauss & Co, Uber, Twitter, Bloomberg e Airbnb. Entre eles, é marcada a ausência de grandes grupos financeiros e companhias tecnológicas, como JPMorgan, Google e Facebook.

O líder da maioria no Senado, o republicano Mitch McConnell, disse que promoverá uma iniciativa de reforma sobre as armas, apenas se for apoiada pelo presidente Donald Trump.

Os executivos apontaram que 100 americanos são assassinados diariamente por disparos de armas e se referiram a essa situação como uma "crise de saúde pública que demanda ações urgentes".

Eles argumentam que a violência causada pelas armas pode ser evitada e que "há passos que o Congresso pode - e deve - tomar para preveni-la e reduzi-la".

Os líderes empresariais pedem a aprovação de duas medidas ao Congresso: uma, que introduza a verificação de antecedentes dos compradores para "todas as vendas de armas"; e outra que permita as autoridades a confiscarem as armas de pessoas consideradas perigosas para si mesmas e para seu entorno.

"É por isso que exigimos do Senado que se coloque ao lado do público americano e aja sobre a segurança das armas", insistem nesta carta publicada por vários jornais americanos, após a volta do recesso.

É cada vez maior a pressão sobre o Congresso para que discuta e enfrente este tema.

Como acontece a cada nova tragédia desse tipo nos EUA, o debate sobre o controle de armas ganhou novo vigor após o massacre de 22 pessoas em uma loja da rede Walmart, em El Paso, no Texas, em 3 de agosto passado, um dia depois de outras nove pessoas terem sido assassinadas a tiros, em um mesmo episódio, em Dayton, Ohio.

O mês de agosto terminou com outro incidente dessa natureza, em Odessa, Texas. Sete pessoas foram mortas.

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