Margaret Keenan, 90, se tornou a primeira pessoa no mundo a receber a vacina da Pfizer/BioNtech contra covid-19 fora de um ensaio clínico (Jacob King/Pool/Reuters)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 18 de dezembro de 2020 às 15h52.
Mais de 1,1 milhão de pessoas já receberam uma vacina contra a covid-19 em todo o mundo. Até o momento, quatro países estão em processo de aplicação de um imunizante ainda em fase emergencial: China, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Os dados foram compilados pela Bloomberg.
Relatório produzido pelo economista de EXAME Research, Arthur Mota, mostra que sete vacinas estão autorizadas a serem aplicadas nestes quatro países, sendo a China com o maior número de imunizantes disponíveis, com quatro.
O país asiático, epicentro da pandemia do coronavírus, é o que mais vacinou, com 650 mil pessoas imunizadas. Na Rússia são 320 mil. Os Estados Unidos começaram a imunização na segunda-feira, 14, e já são quase 50 mil pessoas vacinadas. No Reino Unido, o primeiro país ocidental a começar a aplicação, imunizou 138 mil.
O Ministério da Saúde ainda não sabe quando o Programa Nacional de Imunização contra a covid-19 vai começar. Na quarta-feira, 16, o governo federal apresentou um primeiro documento, chamado de Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, que prevê uma estratégia em duas fases: o planejamento e a vacinação em si. O que foi apresentado era apenas o planejamento, sem datas.
De acordo com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o governo trabalha com uma previsão de quando os laboratórios, que já fecharam fecharam acordos com o Ministério da Saúde, farão as entregas dos primeiros lotes.
O governo de São Paulo prevê iniciar a vacinação contra a covid-19 no dia 25 de janeiro de 2021. A aplicação seria de forma estadual, a começar pelos idosos e profissionais de saúde. Mas a vacina, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac, ainda não tem pedido de registro junto à Anvisa.