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11 mil trabalhadores estão bloqueados na Arábia Saudita

Cerca de 11.000 filipinos não receberam seus salários, alguns há vários meses, devido a problemas financeiros das empresas para as quais trabalham


	Trabalhadores estrangeiros na Arábia Saudita: muitos deles já não têm o visto de residência em ordem
 (Fayez Nureldine/AFP)

Trabalhadores estrangeiros na Arábia Saudita: muitos deles já não têm o visto de residência em ordem (Fayez Nureldine/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2016 às 10h39.

Autoridades sauditas e filipinas tentavam ajudar milhares de trabalhadores filipinos bloqueados na Arábia Saudita sem salário e sem possibilidade de obter uma autorização de saída do território.

Cerca de 11.000 filipinos, em sua maioria trabalhadores da construção, não receberam seus salários, alguns há vários meses, devido ao fato de as empresas para as quais trabalham atravessarem graves problemas financeiros.

"Não foram pagos, alguns há oito meses", disse na quarta-feira à AFP o encarregado de negócios da embaixada das Filipinas em Riad, Iric Arribas.

O diplomata disse que se trata de uma "crise humanitária" e que alguns funcionários não têm dinheiro nem mesmo para comer.

Os trabalhadores filipinos não podem retornar ao seu país, já que o visto de saída da Arábia Saudita - indispensável para eles - custa e nem eles, nem a empresa que os contrata estão em condições de pagar o montante correspondente.

Além disso, muitos deles já não têm o visto de residência em ordem, cuja renovação também tem um custo.

Para resolver esta crise, o rei Salman tomou no início de agosto várias medidas, incluindo a isenção das multas pela expiração dos vistos de residência, o pagamento das passagens de avião para aqueles que queiram voltar ao seu país e uma ajuda alimentar.

Mas estas medidas ainda não foram aplicadas. Na quarta-feira, o secretário de Estado filipino de Emprego, Silvestre Bello, se reuniu em Riad com o ministro saudita da mesma pasta para tentar aplicá-las o quanto antes.

A Arábia Saudita enfrenta há dois anos uma queda de suas receitas petrolíferas, que afeta, em especial, o setor da construção, já que as empresas deste setor dependem em grande parte dos contratos públicos.

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