11 efeitos radicais que o Furacão Sandy já causa nos EUA
Costa leste americana mobiliza esforços para enfrentar o ciclone que já matou 50 pessoas no Caribe e deve atingir o país na madrugada de segunda para terça-feira. Estados como Nova York, Washington e Nova Jersey estão na rota do ciclone - e se preparam
Vanessa Barbosa
Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 17h10.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h15.
Com a aproximação do furacão Sandy , várias cidades da costa leste anunciaram a suspensão dos seviços de trem, ônibus e metrô. Em Nova York, a cidade que nunca dorme, as viagens na linha férrea foram paralizadas ontem às 19h. A expectativa é que os serviços de transporte público voltem ao normal apenas na quarta-feira, após a passagem do ciclone, que deve atingir a costa leste americana na madrugada de segunda para terça-feira.
Nove estados da costa leste, que incluem cidades em Nova York, Washington e Nova Jersey, declararam estado de emergência. A orientação é que os moradores das áreas mais baixas deixem suas casas e procurem abrigo temporário na casa de parente em cidades ou bairros fora de risco. Em Nova York, a prefeitura abriu 72 abrigos para pessoas que não têm para onde ir. O procedimento é o mesmo tomado durante a passagem do furacão Irene, em 2011, e deve beneficiar mais de 350 mil pessoas.
Com a perpespectiva de enfrentar um dos piores furacões dos últimos anos, os moradores das cidades ameaçadas estão correndo para os supermercados a fim de estocar comida e água, deixando as prateleiras zeradas. Entre os iItens que desaparecem num piscar de olhos estão fósforos, lanternas, remédios e outros produtos para primeiros-socorros.
Moradores de cidades litorâneas fazem o que podem para proteger suas casas da fúria das ondas e tempestades que o furacão Sandy deve causar. A maioria recorre a tábuas de madeira para isolar janelas e portas, evitando que estilhaços trazidos pelos ventos possam danificar as estruturas. Outra medida comumente adotada é uso de grandes sacos cheios de areia na entrada da casa, que funcionam como contenção em caso de enchentes.
Um dos efeitos mais óbvios de um furacão são as fortes ondas do mar, que ameaçam as cidades litorâneas. Por isso, as autoridades públicas dessas regiões estão erguendo barricadas de areia, a fim de evitar que as águas invadam as casas na beira de praias. A imagem é suspreendente.
A bolsa de Nova York suspendeu todas as negociações para proteger os trabalhadores, devido à aproximação do furacão Sandy, que ameaça provocar fortes inundações em Nova York. Segundo informações da agência Bloomberg, a suspensão das operações no espaço físico e também das transações eletrônicas deve durar até terça-feira.
Nem a corrida presidencial americana ficou de fora dos efeitos antecipados do furacão Sandy. O candidato republicano Mitt Romney transferiu a campanha que faria hoje na costa leste para o interior do país. Já o presidente Barack Obama, cancelou sua agenda eleitoral nesta segunda-feira e visitou o centro de resposta a tempestades, em Washington. Além disso, cidades estados sob risco de serem atingidos por Sandy, mobilizam esforços para garantir que cortes de energia prolongados não perturbem a eleição antecipada.
Com sede em Nova York, uma das cidades na rota de colisão de Sandy, o Conselho de Segurança da ONU cancelou todas suas reuniões previstas para esta segunda-feira com os presidentes da América Latina, segundo um porta voz da entidade. Um dos encontros anulados contaria com a presença do presidente da Guatemala, Otto Perez, o presidente da Bolívia, Evo Morales, e da ministra dos Direitos Humanos da França, Najat Vallaud-Belkacem
Grandes bancos sediados em Nova York também anunciaram o encerramento das suas atividades na capital financeira dos EUA, devido à aproximação do ciclone. Entre as instituições financeiras que fecharam nesta segunda estão o Citigroup, o Goldman Sach, JPMorgan e a American Express. De acordo com a Bloomberg, alguns colaboradores vão trabalhar de casa e operações deverão ser transferidas para outras cidades que estão fora de risco.
Com a aproximação do furacão Sandy, os jornais The New York Times e Wall Street Journal suspenderam, temporariamente, o limite de matérias que um leitor pode acessar gratuitamente. Não é a primeira vez que os jornais de Nova York liberam suas edições Online. Em agosto de 2011, eles também liberaram o acesso, durante a passagem de Irene, a última grande tempestade a passar pela costa leste.
Assutados com as fortes ondas e ventos que se formam no mar com a aproximação de Sandy, 17 tripulantes de uma embarcação resolveram abandonar o navio por medo do pior. O veleiro "HMS Bounty", uma réplica de um famoso barco do século XVIII e agora encontra-se à deriva próximo a à costa de Chicago, informou a Guarda Costeira americana.