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1,4 mil menores foram vítimas de abuso em cidade inglesa

Pelo menos 1.400 menores sofreram abusos sexuais entre 1997 e 2013 na cidade de South Yorkshire, no norte da Inglaterra, denuncia relatório

Protesto contra abusos sexuais: meninas de 11 anos eram estupradas em grupo (AFP)
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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2014 às 14h38.

Londres - Pelo menos 1.400 menores sofreram abusos sexuais entre 1997 e 2013 na cidade de South Yorkshire, no norte da Inglaterra , frequentemente perante a inação das autoridades, revelou um relatório divulgado nesta terça-feira.

O documento em questão, elaborado a pedido da Prefeitura de Rotterham e após a prisão de cinco homens de origem paquistanesa por exploração sexual em 2010, recolhe múltiplos erros judiciais da Polícia, das autoridades municipais e das agências de proteção aos menores.

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Segundo esse relatório, meninas de apenas 11 anos eram estupradas por várias pessoas ao mesmo tempo, enquanto outros menores foram sequestrados, agredidos e levados para outras cidades da Inglaterra ao longo desses 16 anos.

Algumas crianças foram ameaçadas com pistolas, borrifados com gasolina e forçados a assistir as violações, de acordo com o documento, que atribui a maioria desses crimes às redes paquistanesas de exploração sexual que atuavam em Rotterham e em outras localidades do norte da Inglaterra.

"É duro descrever a natureza aterrorizadora dos abusos que esses menores sofreram", indicou hoje na apresentação do documento sua autora, Alexis Jay, uma antiga educadora.

Segundo Jay, muitas das provas apresentadas à polícia e às autoridades municipais desde 1997 em Rotterham não foram levadas em consideração.

"Se todas as autoridades envolvidas tivessem estado menos preocupadas com suas próprias agendas e preconceitos, e se tivessem centrado no bem-estar das crianças, muitos desses menores não teriam sofrido os abusos e a brutalidade que estamos observando", apontou.

Segundo a autora do relatório, o assédio e os abusos contra os menores foram durante anos um evidente problema nessa cidade.

"Grande parte do pessoal falou de seu nervosismo para identificar a origem étnica dos culpados por temer acusações de racismo, enquanto outros alegaram que seus chefes eram contrários", aponta o documento.

Pelo menos um terço dos abusos sofridos por esses 1.400 crianças tinha conhecimento das agências de proteção de menores, segundo o documento.

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