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1.300 são mortos em ataque químico na Síria, diz oposição

Um total de 1.300 pessoas morreu hoje em ataque com armas químicas em vários distritos da periferia de Damasco, denunciou oposição

Garoto observa sobreviventes de ataque químico na Síria: opositor denunciou o caráter indiscriminado dos ataques e o uso de armas químicas, mas governo nega (Bassam Khabieh/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2013 às 11h25.

Istambul/Cairo - Um total de 1.300 pessoas morreu nesta quarta-feira em um ataque com armas químicas em vários distritos da periferia de Damasco, denunciou a Coalizão Nacional Síria (CNFROS), que solicitou uma intervenção urgente da comunidade internacional contra o regime de Bashar al-Assad .

George Sabra, porta-voz da CNFROS, ressaltou durante uma entrevista coletiva realizada hoje em Istambul o caráter indiscriminado dos ataques e o uso de armas químicas, extremismo negado por Damasco.

"Os médicos presentes na região bombardeada de Guta acreditam que poderia ser o gás sarin, pela forma com que mulheres e crianças morreram em suas casas", declarou à Efe Badr Yamus, secretário-geral da Coalizão, após a entrevista coletiva.

"Não é a primeira vez que ocorre um crime desse tipo, e a comunidade internacional nunca faz nada. Pedimos que a comissão das Nações Unidas, que está em Damasco, a apenas 10 quilômetros do local, vá investigar, mas dizem que não podem sair do hotel sem permissão do regime", acrescentou Yamus.

George Sabra pediu que a comunidade internacional convoque urgentemente uma conferência para decidir ações contra o regime de Bashar al-Assad, baseando-se no capítulo VII da Carta das Nações Unidas.

Entre as medidas a adotar foi citada a imposição de uma zona de exclusão aérea e uma ampla intervenção humanitária para ajudar a população civil.


Além disso, exigiu, a comunidade internacional deve entregar urgentemente as armas ao Exército Livre da Síria (ELS), frente rebelde que luta contra Assad, armas que equivalham em potência e quantidade às usadas pelo regime, para poder enfrentá-lo, detalhou Sabra.

"Não pedimos essa ajuda: exigimos, porque é nosso direito e vosso dever", reforçou o porta-voz da CNFROS, após denunciar a omissão da comunidade internacional.

"Enquanto a Rússia continua vendendo armas secreta ou abertamente à Síria, o Irã lhe envia ajuda militar e o Hezbollah, suas milícias. Os países que chamam de "livres" nos traíram", se queixou Sabra.

"Não é só o regime que nos mata: são as Nações Unidas, com sua passividade, são os Estados Unidos, por não nos apoiar, são também os países árabes, que deveriam nos apoiar: nossos amigos nos matam", concluiu.

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Istambul/Cairo - Um total de 1.300 pessoas morreu nesta quarta-feira em um ataque com armas químicas em vários distritos da periferia de Damasco, denunciou a Coalizão Nacional Síria (CNFROS), que solicitou uma intervenção urgente da comunidade internacional contra o regime de Bashar al-Assad .

George Sabra, porta-voz da CNFROS, ressaltou durante uma entrevista coletiva realizada hoje em Istambul o caráter indiscriminado dos ataques e o uso de armas químicas, extremismo negado por Damasco.

"Os médicos presentes na região bombardeada de Guta acreditam que poderia ser o gás sarin, pela forma com que mulheres e crianças morreram em suas casas", declarou à Efe Badr Yamus, secretário-geral da Coalizão, após a entrevista coletiva.

"Não é a primeira vez que ocorre um crime desse tipo, e a comunidade internacional nunca faz nada. Pedimos que a comissão das Nações Unidas, que está em Damasco, a apenas 10 quilômetros do local, vá investigar, mas dizem que não podem sair do hotel sem permissão do regime", acrescentou Yamus.

George Sabra pediu que a comunidade internacional convoque urgentemente uma conferência para decidir ações contra o regime de Bashar al-Assad, baseando-se no capítulo VII da Carta das Nações Unidas.

Entre as medidas a adotar foi citada a imposição de uma zona de exclusão aérea e uma ampla intervenção humanitária para ajudar a população civil.


Além disso, exigiu, a comunidade internacional deve entregar urgentemente as armas ao Exército Livre da Síria (ELS), frente rebelde que luta contra Assad, armas que equivalham em potência e quantidade às usadas pelo regime, para poder enfrentá-lo, detalhou Sabra.

"Não pedimos essa ajuda: exigimos, porque é nosso direito e vosso dever", reforçou o porta-voz da CNFROS, após denunciar a omissão da comunidade internacional.

"Enquanto a Rússia continua vendendo armas secreta ou abertamente à Síria, o Irã lhe envia ajuda militar e o Hezbollah, suas milícias. Os países que chamam de "livres" nos traíram", se queixou Sabra.

"Não é só o regime que nos mata: são as Nações Unidas, com sua passividade, são os Estados Unidos, por não nos apoiar, são também os países árabes, que deveriam nos apoiar: nossos amigos nos matam", concluiu.

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