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Verde volta a surpreender e segue otimista após as eleições

Agora, o fundo acredita que analistas voltarão suas atenções para melhora da economia

Verde: fundo rendeu 7,45% de janeiro a outubro de 2018 (Germano Lüders/EXAME/Exame)

Verde: fundo rendeu 7,45% de janeiro a outubro de 2018 (Germano Lüders/EXAME/Exame)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 12 de novembro de 2018 às 17h32.

São Paulo - O Verde, um dos fundos multimercado mais rentáveis do país, comandado pelo gestor Luis Stuhlberger, voltou a dar alegrias aos investidores, depois de meses complicados. Em outubro, o fundo rendeu 3,77%, bem mais que o CDI, que ficou em 0,54% no mês.

Com isso, o retorno do Verde no acumulado do ano, que estava abaixo do CDI, voltou a superar o indicador. O fundo rendeu 7,45% de janeiro a outubro de 2018, enquanto o CDI ficou em 5,38% no mesmo período.

Em relatório enviado a clientes, os gestores do fundo – que foi criado em 1997, e é um dos mais antigos do mercado – explicaram que tiveram ganhos nos investimentos em juros reais e no portfólio de ações no Brasil.

O Verde mantém aproximadamente 15% de exposição à bolsa brasileira e foi beneficiado pelo otimismo que inundou o mercado com as eleições, fazendo com que o Ibovespa fechasse outubro com alta de 10%.

Já as perdas registradas pelo fundo vieram da posição em cupom cambial e do portfólio global de ações, que sofreu com o movimento de correção das bolsas mundiais. Em outubro, o índice S&P 500, da bolsa de Nova York. A exposição do Verde a ações internacionais, porém, é pequena. 

Apesar de cautelosos com o cenário externo, os gestores do Verde afirmaram, no relatório, que continuam otimistas após a vitória de Jair Bolsonaro, acreditando que, nos próximos meses, os analistas e investidores voltarão suas atenções para a perspectiva de melhora da economia. Disseram ainda que há espaço para uma gradual realavancagem da economia. “Os sinais têm sido sistematicamente positivos em nossa opinião, com crescimento econômico em consistente aceleração”, escreveram.

Para os gestores do Verde, o crescimento econômico esperado para os próximos 18 meses não depende da política – basta Brasília “não atrapalhar." Já a continuidade do ciclo de expansão será determinada pela capacidade do novo governo de endereçar os problemas fiscais do país. Apesar do cenário desafiador, o fundo enxerga uma trajetória positiva para os ativos brasileiros.

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