Moderna espera que vacina fique pronta para uso até o fim do ano (Javier Zayas Photography/Getty Images)
Guilherme Guilherme
Publicado em 20 de maio de 2020 às 14h37.
Última atualização em 20 de maio de 2020 às 14h45.
A potencial vacina do coronavírus covid-19 desenvolvida pela empresa de biotecnologia americana Moderna tem 65% de chance de ser realmente eficaz contra a doença. Isso é o que estimam analistas de um dos maiores bancos do mundo, o Morgan Stanley. A probabilidade de sucesso, de acordo com eles, é mais alta do que o normal para aquelas que estão na segunda fase de testes.
A Mordena, que é a primeira companhia a avaliar os efeitos da vacina em seres humanos, anunciou, na segunda-feira, 18, que obteve sucesso em teste feitos em 45 voluntários.
Embora ainda exista alguma desconfiança em relação ao resultado apresentado pela empresa, o Morgan Stanley elevou o preço-alvo da ação da Moderna em 143%, passando de 37 dólares para 90 dólares. Pelas projeções da instituição financeira, ainda há espaço para os papéis subirem 25,7%, considerando a cotação do último fechamento.
“Acreditamos que a capacidade de crescimento da Moderna, juntamente com os resultados promissores, a posiciona bem para competir no mercado", escreveu Matthew Harrison, analista do Morgan Stanley
Na segunda, quando anunciou o resultado dos testes, as ações da Moderna chegaram a subir 30,45% na máxima do dia, encerrando em alta de 19,96%. Desde o início do ano, o ativo acumula valorização de 266%. Caso atinja 90 dólares por ação, a alta no ano chegará a 360%.
Com cerca 26,7 bilhões de dólares de valor de mercado, na busca pela vacina, a empresa compete com gigantes, como a multinacional Johnson & Johnson, com valor de mercado de 391 bilhões de dólares. Embora, nesta corrida, a Moderna possa estar na frente, sua vacina ainda precisa passar por novos testes para que sua eficácia seja comprovada. O objetivo da companhia é que eles sejam feitos até o fim de julho para que entre setembro e dezembro deste ano a vacina já esteja pronta para uso.