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Triunfo não pagará dividendos de R$ 40 milhões referentes a 2015

O pedido da suspensão dos pagamentos partiu de um banco credor

Triunfo Participações (foto/Divulgação)

Triunfo Participações (foto/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de dezembro de 2017 às 12h56.

São Paulo - A Triunfo Participações e Investimentos informou, em fato relevante publicado ontem, dia 24, que, em virtude da decisão judicial do Juízo Cível de Plantão da 1ª Instância da Comarca de São Paulo, terá que se abster de distribuir os dividendos obrigatórios referentes ao exercício social de 2015.

A decisão, requerida por um banco credor, foi proferida em tutela cautelar de urgência. A distribuição de dividendos estava prevista para ocorrer amanhã (27).

No texto, a Triunfo diz que já recorreu e pediu revisão da referida decisão em 23 de dezembro de 2017, mas que seu pedido foi indeferido, tanto pelo Foro Judicial de 1º Instância da Comarca de São Paulo quanto pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

"A companhia cumprirá a decisão judicial e os dividendos indicados no aviso aos acionistas de 19 de dezembro de 2017 não serão distribuídos até que a empresa não esteja mais impedida de fazê-lo em virtude da decisão judicial em questão", afirma no fato relevante.

No último dia 19, a Triunfo informou que, conforme aprovado em Assembleia Geral Ordinária realizada em 29 de abril de 2016, pagaria aos acionistas dividendos de R$ 0,2272 por ação, correspondente ao montante de R$ 40 milhões apurado com base no lucro líquido da companhia referente ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2015.

A Triunfo entrou com pedido de recuperação extrajudicial no fim de julho. Os planos englobam dívidas da ordem de R$ 2,5 bilhões. Na ocasião, a empresa disse que a crise econômica nacional afetou "em cheio o mercado de infraestrutura brasileiro", que comprometeu a saúde e liquidez do grupo.

A companhia é uma das acionistas da Aeroportos Brasil Viracopos (ABV), responsável pela concessão do Aeroporto Internacional de Campinas. Mas já decidiu realizar uma nova licitação do projeto, devolvendo-o ao governo.

Em novembro, a Coluna do Broadcast informou que a gestora de investimentos IG4 e a operadora holandesa de aeroportos Schiphol negociavam com bancos e com o governo uma operação de mudança no controle e a capitalização do Aeroporto de Viracopos. As negociações, porém, não envolviam os controladores de Viracopos, a Triunfo e a UTC, que juntos têm 51% do aeroporto, enquanto a Infraero é detentora do restante. Mesmo porque, o consórcio que levou o aeroporto já havia anunciado, em julho, a intenção de devolver a concessão. Além da Triunfo, em recuperação extrajudicial, a UTC está em recuperação judicial.

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