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No radar: efeito vacina, Fed, Magalu e o que mais move o mercado

Investidores continuam busca por ações que mais sofreram durante a pandemia, mas movimento perde força

Centro de Distribuição do Magazine Luiza. (Leandro Fonseca/Exame)

Centro de Distribuição do Magazine Luiza. (Leandro Fonseca/Exame)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 10 de novembro de 2020 às 06h57.

Última atualização em 10 de novembro de 2020 às 09h22.

As bolsas internacionais seguem em tom majoritariamente positivo nesta terça-feira, 10, ainda que as fortes valorizações do início da semana tenham motivado alguma realização de lucros. Motivados pelo resultado preliminar da potencial vacina da Pfizer, investidores seguem em busca de ativos que mais se prejudicaram na pandemia em detrimento daqueles que se beneficiaram.

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Mas o movimento já começa a perder força. As ações das companhias aéreas Lufthansa e Air France, por exemplo, sobem pouco mais de 3% nesta manhã, depois de terem disparado cerca de 20% na segunda.

De acordo com a Pfizer, sua potencial vacina atingiu eficácia de 90% em testes realizados com 43.538 voluntários. O pedido de registro da vacina na agência reguladora dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) deve ser feito ainda neste mês.

Com o otimismo em cima do desenvolvimento de vacinas, parte dos investidores se desfazem, principalmente, de companhias consideradas de tecnologia, como as de bigtechs e de varejo digital. Após caírem mais de 5% na véspera, as ações da Amazon voltam a apontar para mais um pregão de baixa, recuando já no pré-mercado. Com maior concentração de empresas de tecnologia, o índice futuro de Nasdaq também recua, enquanto o S&P 500 e o Dow Jones futuros avançam. No mercado local, efeito semelhante foi observado nos papéis da Magazine Luiza e B2W, que caíram mais de 3% na segunda.

Magazine Luiza

Mas apesar do efeito vacina, as ações de varejistas digitais devem refletir hoje o resultado do terceiro trimestre da Magazine Luiza, apresentando após o encerramento do último pregão. Em balanço, a companhia informou que as vendas totais tiveram um novo recorde, já ultrapassando tudo que foi vendido em 2019. No período, a companhia teve lucro líquido de 216 milhões de reais, 69,6% superior ao do terceiro trimestre do ano passado. Já a receita ficou em 12,3 bilhões de reais, representando alta anual de 81,2%.

Fed

 

Em dia de agenda econômica fraca, as atenções devem se voltar para discursos de membros do Federal Reserve (Fed). Além de Randal Quarles, é esperada as falas de Lael Brainard, cotada por Joe Biden para assumir a Secretaria do Tesouro, hoje ocupada por Steven Mnuchin. Na segunda-feira, o Fed alertou por meio de relatório semestral de estabilidade financeira que, dependendo do avanço do coronavírus nos próximos meses, os ativos financeiros ainda podem sofrer um forte revés.

Balanços

Ainda antes da abertura do pregão, o BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da Exame) deve apresentar resultado trimestral. Também estão programados para serem divulgados hoje os balanços da Mitre, Santos Brasil, Log-in Logística, BR Distribuidora, Estapar, Sinqia, Carrefour, Movida, Banrisul e Braskem - todos esses depois do encerramento do pregão. Além da Magazine Luiza, Positivo, Marisa, Vulcabras, São Martinho, Itaúsa, Direcional, BRF e Ouro Fino divulgaram resultado na noite de ontem. Veja o resumo dos balanços aqui.

Retrospectiva

No último pregão, o Ibovespa subiu 2,57% e encerrou em 103.515,16 pontos. Já o dólar fechou próximo da estabilidade, com leve queda de 0,04%, sendo vendido a 5,391 reais.

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