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Ibovespa fecha em queda com aumento de tensões geopolíticas

Na véspera, o presidente americano, Donald Trump, alertou a Coreia do Norte que o país será atingido por "fogo e fúria" caso ameace os EUA

B3: "O mercado interpretou como bastante forte a declaração de Trump", disse um analista (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: "O mercado interpretou como bastante forte a declaração de Trump", disse um analista (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 9 de agosto de 2017 às 18h05.

São Paulo - O índice de referência da bolsa paulista fechou no vermelho nesta quarta-feira, pressionado pelo aumento das tensões geopolíticas entre Estados Unidos e Coreia do Norte.

O Ibovespa fechou em queda de 0,34 por cento, a 67.671 pontos. O giro financeiro somou 6,45 bilhões de reais.

Na véspera, o presidente norte-americano, Donald Trump, alertou a Coreia do Norte que o país será atingido por "fogo e fúria" caso ameace os EUA, levando Pyongyang a dizer que está considerando disparar mísseis contra a ilha de Guam, território dos Estados Unidos no Pacífico.

"O mercado interpretou como bastante forte a declaração de Trump", disse o analista da corretora Rico Roberto Indech, acrescentando que a expectativa por novidades nesse fronte e em relação à situação fiscal do Brasil vão seguir no radar dos investidores nos próximos dias.

Neste sentido, o mercado esperava novidades sobre a reunião que acontecia nesta tarde entre o presidente Michel Temer e alguns ministros para discutir sobre eventual revisão da meta fiscal deste ano.

"A gente tem que aguardar novidades que possam vir principalmente dessas duas frentes: dos Estados Unidos e das questões de políticas econômicas no Brasil", disse Indech.

Ainda no fronte local, o mercado digeriu também os dados de inflação, que mostraram alta de 0,24 por cento do IPCA em julho, acumulando aumento de 2,71 por cento em 12 meses. Os números ficaram acima do esperado por economias em pesquisa Reuters, de alta de 0,19 por cento no mês e de 2,66 por cento em 12 meses.

Destaques

- JBS ON caiu 3,63 por cento, entre os destaques negativos do Ibovespa, em movimento de ajuste após uma sequência de sete pregões em que acumulou alta de 11,47 por cento. Apenas na terça-feira, o papel subiu 7,55 por cento.

- GERDAU PN caiu 0,87 por cento, após subir 0,7 por cento na máxima e cair 2,09 por cento na mínima da sessão, conforme investidores digeriam os resultados do segundo trimestre da empresa, que mostrou lucro líquido consolidado ajustado de 147 milhões de reais, queda de 20 por cento ante um ano antes. Analistas do UBS destacaram que apesar de dados em 2016 e do primeiro semestre deste ano melhores do que o esperado, permanece a cautela sobre a recuperação sustentada do setor, devido a problemas sobre excesso de capacidade globalmente.

- VALE PNA recuou 1,64 por cento, enquanto VALE ON caiu 0,41 por cento, apesar dos ganhos dos contratos futuros do minério de ferro na China.

- PETROBRAS PN teve alta de 0,22 por cento e PETROBRAS ON subiu 0,5 por cento, acompanhando o movimento dos preços do petróleo no mercado internacional. [O/R]

- EQUATORIAL ENERGIA ON subiu 3,21 por cento, entre os destaques positivos do Ibovespa, após a empresa divulgar lucro líquido ajustado de 148 milhões de reais no segundo trimestre. A equipe do BTG Pactual considerou os resultados da empresa fortes e manteve a recomendação de "compra" para as ações.

- GOL PN, que não faz parte do Ibovespa, avançou 6,29 por cento, após a empresa aérea divulgar lucro operacional de recorrente (Ebit) de 37 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo resultado negativo de igual período do ano passado, apoiada na conclusão de processo de reestruturação, que ampliou a utilização de suas aeronaves em cerca de 1 hora no período. O presidente da companhia, Paulo Kakinoff, afirmou em teleconferência que a empresa espera melhora de indicadores de preços de passagem no segundo semestre em relação à primeira metade do ano.

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