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Dólar registra alta de quase 2% na semana com expectativa por Previdência

Moeda avançou 0,63% a R$ 3,7340 nesta sexta, influenciado por cautela no exterior com incertezas de negociações entre China e EUA

Dólar: Moeda fechou o dia a R$ 3,7340 (Yuji Sakai/Getty Images)

Dólar: Moeda fechou o dia a R$ 3,7340 (Yuji Sakai/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 8 de fevereiro de 2019 às 17h17.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2019 às 17h42.

O dólar fechou em alta ante o real nesta sexta-feira, aguardando avanços nas negociações para a reforma da Previdência e com investidores buscando proteção em meio à cautela no exterior, com temores de desaceleração no crescimento econômico global e incerteza sobre negociações entre EUA e China.

O dólar avançou 0,63 por cento, a 3,7340 reais na venda. A moeda oscilou entre 3,7491 reais e 3,7031 reais. Na semana, acumulou alta de 1,96 por cento.

O dólar futuro operava com variação positiva de 0,36 por cento.

A moeda passou a operar com um pouco mais de força frente ao real por volta das 14h, acompanhando o exterior, diante da piora nos índices acionários norte-americanos relacionada ao ceticismo sobre o acordo comercial entre EUA e China.

A Casa Branca confirmou que conversas de alto nível entre representantes serão retomadas em Pequim nos dias 14 e 15 de fevereiro.

Na véspera, declaração do presidente dos EUA, Donald Trump, de que não pretende se reunir com o líder chinês, Xi Jinping, antes do prazo de 1º de março determinado pelos dois países para chegar a um acordo comercial, alimentou incertezas.

Também segue no radar do mercado preocupações sobre a desaceleração global alcançando a Europa. A Comissão Europeia reduziu estimativas de crescimento econômico da zona do euro neste e no próximo ano, o que endossou o sentimento.

Após pregão de ajuste na véspera, quando calibraram apostas sobre a reforma da Previdência, investidores retomaram posições de espera, com a percepção de que só haverá uma definição quando Jair Bolsonaro tiver alta do hospital e voltar a Brasília.

Nesta sexta, o porta-voz da Presidência afirmou que a pneumonia contraída por Bolsonaro ainda não foi completamente debelada e que o encerramento do processo infeccioso depende de exames de imagens e avaliações médicas.

"Tem um certo desconforto com relação à saúde de Bolsonaro que pode atrasar a composição política pra fazer a reforma", afirmou mais cedo o estrategista de renda fixa da Coinvalores Corretora, Paulo Celso Nepumoceno.

"É preciso um apoio para a reforma acontecer e com uma demora um pouco maior, com ele (Bolsonaro) mais afastado da linha de frente, pode atrasar um pouco a coalizão que o governo precisa formar", avaliou.

Dirigentes partidários indicaram apoio à reforma da Previdência, mas se disseram insatisfeitos com a falta de informações e falta de contato por parte de interlocutores do governo.

O BC vendeu na sessão 10,33 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Assim rolou 3,01 bilhões de dólares dos 9,81 bilhões que vencem em março.

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